Vermes em cachorro são comuns, mas podem ser facilmente evitados!
Publicado pela Equipe SERES | 10 março 2022
Vermes em cachorro causam problemas de saúde nos cães. Os parasitas intestinais são os mais conhecidos e lembrados pelo tutor, porém existem vermes que habitam outros sistemas, como o cardiológico.
Só de pensar em vermes, já queremos distância deles, então imagina vê-los nas fezes do seu pet! Não só pelo nojo que causam, mas também para evitar que o amigo adoeça.
Como os cães adquirem os vermes
Os vermes em cachorro precisam do hospedeiro para se reproduzir, mas a infecção se dá na maior parte das vezes por meio da contaminação ambiental, da retro-contaminação, da mãe para o filhote ou por vetores.
Contaminação ambiental
Após defecar, um cachorro contaminado contamina o ambiente com ovos, cistos e larvas dos vermes. Seja em grama, terra, areia, água, brinquedos, comedouros e bebedouros, se um animal sadio entrar em contato com esses artefatos contaminados, pode adoecer.
Retro-contaminação
Também conhecida como retro-infestação, essa forma de infestação de vermes em cachorro consiste no retorno para o intestino de larvas presentes no próprio ânus do cão. Pode ocorrer caso o cachorro se limpe lambendo as patas, o ânus, engolindo os parasitas ou comendo fezes.
Da mãe para o filhote
Se a mamãe estiver com alguma verminose, pode transmiti-la aos filhotes por meio da placenta ou logo no início da vida deles, quando os lambe para limpá-los ou ao estimular a defecação e a micção.
Vetores
Alguns insetos, como as pulgas e alguns mosquitos, podem ser vetores de verminoses em cães. Nesses casos, não adianta tratar somente a verminose, é preciso evitar que o cão entre em contato com esses insetos para não se reinfestar.
Verminoses mais comuns em cães
Dipilidiose
Causada pela tênia Dypilidium caninum, a dipilidiose é uma das verminoses intestinais que mais acomete os cães. É uma zoonose, transmitida pela pulga ingerida pelo cão quando ele se morde para se coçar.
Essa tênia pode atingir até 60 centímetros. O corpo é todo segmentado, e cada um desses segmentos, ou proglotes, contém os ovos do verme. Essas proglotes saem pelas fezes e contaminam tanto o ambiente quanto as larvas das pulgas que as ingerem.
O Dypilidium caninum não costuma ocasionar sintomas graves. Geralmente, o animal tem flatulência, pode ou não ter fezes pastosas, com muco e prurido (coceira) no ânus, e presença desses vermes de cachorro nas fezes.
O tratamento envolve o uso de remédios para vermes em cachorro e antipulgas para matar as pulgas. Como a pulga vive boa parte da vida no ambiente, o tratamento ambiental também deve ser considerado caso o antipulgas não tenha essa proposta.
Como foi dito, é uma zoonose, ou seja, são vermes de cachorro em humanos. É mais comum em crianças que pegam os brinquedos do cachorro e colocam na boca, por isso é importante vermifugar os animais da casa com frequência.
Ancilostomose
O Ancylostoma caninum é um parasita intestinal com alto poder zoonótico, um problema de saúde pública, pois causa a larva migrans cutânea (bicho geográfico) no humano. Causa fezes pastosas e com sangue, emagrecimento, vômitos e perda de apetite nos cães.
O ciclo de vida desses vermes em cachorro também envolve a contaminação ambiental, por isso o tratamento deve ser feito com vermífugos, desinfetantes e água quente com posterior secagem do ambiente.
Toxocaríase
O Toxocara canis é outro parasita intestinal que acomete os cães e o ser humano. Ele parasita o intestino delgado e se alimenta dos nutrientes que o animal ingere. A infestação pode ser pelo contato com fezes, água e alimentos contaminados.
Ao ser ingerido, o parasita cai na circulação, indo até o pulmão e o coração. Do sistema respiratório, ele sobe até o começo da traqueia, migra até a glote e é engolido, indo parar no intestino. Os vermes em cachorro filhote podem passar ainda na barriga da mãe ou quando eles mamam.
Além dos sintomas gastrointestinais, como diarreia, falta de apetite, emagrecimento e vômito, o verme causa problemas respiratórios: tosse, corrimento nasal e pneumonia. Pode ocorrer a morte do filhotinho na transmissão por meio da placenta ou do leite.
A infecção ambiental também deve ser tratada, mas o parasita é resistente à maioria dos desinfetantes comuns. Alguns estudos mostraram que ele morre em temperaturas maiores que 37ºC e menores que 15ºC, assim como em exposição radiação solar. O tratamento com vermífugo oral é efetivo.
Dirofilariose
É uma doença ocasionada pelo Dirofilaria immitis, popularmente conhecido como verme do coração. É transmitido ao cachorro por uma variedade de mosquitos endêmicos em regiões litorâneas.
A larva do mosquito é depositada na pele quando o inseto fêmea se alimenta do sangue do cachorro. Da pele, ela cai na circulação sanguínea e migra para os pulmões, de onde chega ao coração.
Os sintomas são apatia, tosse por longo período, ofegação, dificuldade em respirar, perda de peso, desmaios, inchaço das patas e líquido no abdômen, refletindo a deficiência cardíaca causada pelo verme no coração.
Os sintomas de vermes em cachorro variam conforme o local do parasitismo. O tratamento envolve vermífugos orais e desinfecção ambiental. No caso da Dirofilariose, a prevenção se dá pelo uso de produtos repelentes de mosquito (coleiro ou revolution), Endogard (vermífugo oral mensal que previne o que os vermes se instalem), vacina ProHeart (vacina anual que previna que vermes se instalem).
Agora que você já sabe que os vermes em cachorro causam bastante mal-estar, procure um médico-veterinário de confiança para saber qual é o melhor vermífugo para seu amigo.
Aqui você encontra artigos incríveis sobre saúde e cuidados que podem ajudar a melhorar o bem-estar de seu bichinho de estimação, seja qual for a espécie do pet. Afinal de contas, o nosso instinto é cuidar!
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