Muitos tutores conhecem e fazem uso dos probióticos, mas você já ouviu falar no prebiótico para cachorro? O prebiótico é um ingrediente que tem sido largamente utilizado nos alimentos e petiscos para os animais de companhia, por isso, vamos falar sobre ele neste artigo.
A definição do termo prebiótico foi estabelecida pela primeira vez em 1995, como sendo um ingrediente alimentar não digerível e diferente do probiótico, não é um organismo vivo, que afeta beneficamente seu usuário por estimular seletivamente o crescimento ou a atividade de bactérias benéficas.
Naquela época, os prebióticos mais conhecidos e utilizados eram alguns tipos de fibras que, adicionadas à dieta, eram capazes de auxiliar no crescimento de bifidobactérias e lactobacilos intestinais.
Porém, em 2016, essa definição foi alterada. O prebiótico passou a ser o substrato que é seletivamente usado por micro-organismos do usuário, conferindo-lhe benefícios à saúde.
Com esse novo conceito, expandiu-se o efeito do prebiótico para além da saúde intestinal, sendo hoje um termo empregado para qualquer sistema que contenha micro-organismos benéficos, como flora natural. Os prebióticos são uma fonte de nutrição para as bactérias benéficas intestinais.
Além disso, outros compostos foram estudados e reconhecidos como suplemento prebiótico, e novas bactérias foram reconhecidas como beneficiárias dos efeitos do prebiótico, como a Eubacterium e a Faecalibacterium.
O intestino de grande parte dos mamíferos é estéril até o momento do nascimento, quando então são colonizados rapidamente, logo após o primeiro contato com a mãe, principalmente ao iniciar a amamentação.
Essa microbiota é importante para a digestão e o metabolismo do cachorro, e é fundamental para o bom funcionamento intestinal e para manter a boa saúde geral do animal. A modulação dessa microbiota intestinal pode reduzir o risco de câncer de colón, além de auxiliar no metabolismo de gorduras com diminuição de colesterol e triglicérides e melhora a absorção de cálcio.
O prebiótico para cachorro é importante porque ele apresenta defesas para inibir o crescimento dos patógenos, como o controle e a manutenção das concentrações de oxigênio e do pH intestinal, além de produzir substâncias antimicrobianas.
Manter essa microbiota saudável é manter o animal saudável como um todo. Como curiosidade, esses micro-organismos benéficos são muito abundantes nos mamíferos. Sua população é 10 vezes maior que o número de células de todo o corpo do animal!
No Brasil, a maioria das dietas secas extrusadas, conhecidas como rações secas, usam em sua formulação vários tipos de suplemento alimentar para melhorar a saúde intestinal e as características das fezes.
Dentre esses aditivos destacam-se os prebióticos, que são utilizados com a finalidade de promover a inibição de micro-organismos patogênicos e por apresentarem efeito imunomodulador, melhorando, assim, a saúde intestinal e geral dos cães.
Os oligossacarídeos são carboidratos de cadeia curta e são o tipo de prebiótico mais utilizado na indústria alimentícia animal. São eles: mananoligossacarídeos (MOS), betaglucanos, frutooligossacarídeos (FOS) e galactooligossacarídeos (GOS).
A parede de levedura é muito usada como prebiótico nas rações e petiscos para cães, pois apresenta uma grande quantidade de mananoligossacarídeos e beta glucanos em sua composição, além de ser um ótimo palatabilizante.
O MOS fermenta no intestino e reduz a quantidade de bactérias patogênicas desse órgão. Já os betaglucanos atuam como agentes imunomoduladores, estimulando o sistema imunológico do cachorro.
A inulina é outro tipo de fibra alimentar presente em muitas plantas, principalmente na raiz da chicória, e dela se obtém o FOS. Ela normaliza o trânsito e o esvaziamento gástrico, aumentando a reabsorção de água e melhorando a consistência das fezes.
O termo “disbiose” tem sido muito utilizado ultimamente na medicina veterinária e refere-se ao desequilíbrio da flora intestinal e predominância de bactérias maléficas em relação às bactérias benéficas.
A disbiose é considerada relevante nos processos diarreicos, de deficiência de nutrientes, hipovitaminoses, letargia e depressão do sistema imunológico e é agravada por várias doenças sistêmicas.
Existem várias causas que desencadeiam a disbiose intestinal, principalmente o uso indiscriminado de medicamentos, como antibióticos e vermífugos. Os antibióticos de largo espectro impactam diretamente na microbiota intestinal, causando principalmente diarreia nos cães.
A administração de anti-inflamatórios também causa a disbiose, assim como corantes alimentícios, conservantes e toxinas ambientais. O estresse é conhecido como imunossupressor e, assim, também desequilibra a microbiota do intestino.
Para evitar a disbiose ou tratá-la, o prebiótico para cachorro deve ser utilizado não como monoterapia, mas conjuntamente ao probiótico, como correção do fator desencadeante do desequilíbrio.
Como já foi dito, o prebiótico para cachorro é um ingrediente da alimentação que favorece o crescimento de bactérias benéficas. Seria o “alimento” delas. Já os probióticos são os próprios micro-organismos benfeitores, que são administrados diretamente para o animal.
O uso de probiótico e prebiótico para cães em conjunto caracteriza os simbióticos. É importante para que o cão tenha um intestino saudável e fornece uma alimentação variada e rica em nutrientes que são muito necessários para o sistema imunológico dele.
A administração do prebiótico como suplemento para cachorro não possui contraindicação. Por isso, pode ser dado para animais em qualquer fase da vida, inclusive fêmeas gestantes ou lactentes, idosos e filhotes — sempre com prescrição veterinária.
Ele é bastante recomendado para filhotes que estão passando pela vacinação, que é um momento bastante desafiador para o sistema imunológico, e para cães que estão tomando medicamentos, principalmente antibióticos e vermífugos.
Hoje você aprendeu que o prebiótico para cachorro beneficia a saúde do seu amigo. Gostaria de mais informações sobre o assunto? Então nos procure! O Hospital Veterinário Seres terá um imenso prazer em ajudar.
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