Gatos

Oncologia veterinária: uma especialidade muito importante

A medicina veterinária evoluiu muito, principalmente nos últimos 15 anos. Novas especialidades surgiram e outras se aprimoraram, como é o caso da oncologia veterinária.

Com o aumento da expectativa de vida dos animais, bem como do maior cuidado da população e da modernização dos meios de diagnóstico, cresceu o número de cães e gatos que se beneficiam dessa importante especialidade da veterinária. Esses recursos ampliaram as opções de tratamento e o número de animais com acesso a esses cuidados. 

Mas o que é oncologia? A palavra deriva de “onkos”, que significa massa, volume ou tumor, e de “logia”, que quer dizer estudo. Então, oncologia é a ciência médica que estuda o tumor.

Tumor é considerado como aumento de volume em alguma região no corpo  e geralmente as neoplasias cursam com sinais de tumores, sendo que as neoplasias são divididas em benignas ou malignas, onde as malignas são mais conhecidas como câncer. Sendo assim, o oncologista veterinário é o profissional responsável pelo tratamento das neoplasias nos animais.

Esse profissional aprende sobre as ciências básicas da biologia celular, fisiologia e patologia para compreender o câncer nos pequenos animais, o que inclui uma enorme variedade de doenças complexas e de comportamentos distintos.

E o que faz um oncologista? Ele realiza diversas abordagens diagnósticas e planeja o melhor tratamento para cada indivíduo para que essa terapêutica possa proporcionar bem-estar e maior sobrevida ao paciente.

Causas de neoplasias em animais de companhia

De acordo com os oncologistas veterinários, as causas dos tumores são diversas, sendo as mais comuns a idade avançada, a predisposição genética do indivíduo, as mutações celulares por fatores externos estressantes e outras patologias pré-existentes.

Principais doenças oncológicas em cães e gatos

Em primeiro lugar ficam os tumores mamários em cadelas não castradas. Estudos mostram que fêmeas caninas castradas antes do primeiro cio têm somente 0,5% de chance de desenvolver tumores de mama.

Essa probabilidade aumenta para 8%até o segundo cio e para 26% até o terceiro cio, sendo que a partir do terceiro cio a castração já não promove a prevenção dos tumores de mama.

Na oncologia veterinária, os cânceres de pele também são bastante comuns, principalmente em animais de coloração branca com pele rosada. Eles afetam mais os felinos que os caninos em relação aos carcinomas.

Porém, maior ocorrência de mastocitomas cutâneos em cães em comparação aos felinos, entretanto para esses casos a influência de exposição solar não ter participação direta na ocorrência dos mastocitomas

Há grande destaque para os tumores hematopoiéticos (de origem no sangue), como as leucemias e os linfomas. No gato, há um vírus causador da leucemia felina, que pode aumentar o risco de desenvolvimento de pela de linfomas.

Sintomas observados nos animais com câncer

Os sintomas vão variar conforme o tipo de tumor que está acometendo o animal, mas os principais sinais que podem levar a suspeita de um câncer é a presença de nódulos pelo corpo sem causa evidente, ferimentos que não cicatrizam, sangramentos sem justificativa, perda de peso, mudanças de comportamento, dentre outras. 

Os sinais mais específicos são aumento de volume abdominal, nódulos na pele, mucosas pálidas, sangramentos espontâneos, dificuldade para respirar ou engolir, convulsões e alterações de comportamento. O acompanhamento com um profissional médico veterinário é de grande auxílio para confirmação desses diagnósticos. 

Como o diagnóstico de câncer é feito nos animais

Os tumores em animais têm diferentes formas de diagnóstico e variam de acordo com a suspeita do oncologista veterinário. A melhor forma é determinada na consulta com esse especialista. Quanto antes o câncer for diagnosticado, maiores são as chances de tratamento.

O profissional poderá solicitar exames de sangue, citologias, biópsias, raio x e ultrassom, sendo os mais comuns ultrassom abdominal, tomografia e ressonância magnética. Esses exames podem ser solicitados para o diagnóstico e o acompanhamento do tratamento.

Possíveis tratamentos para os tumores

Os tratamentos são indicados conforme o tipo de tumor que o animal apresenta. Uma forma de tratamento oncológico que é bastante utilizada é a cirurgia para a retirada do tumor, quando possível.

A quimioterapia é a modalidade de tratamento medicamentoso mais conhecida. Pode ser administrada por via oral, subcutânea, intravenosa ou intratumoral. A escolha é sempre feita pelo oncologista veterinário.

A radioterapia é utilizada associada à quimioterapia ou como terapia única. Trata-se do emprego de radiações ionizantes, como o raio x, para matar as células tumorais ou impedir que elas se multipliquem ou se alastrem. Durante a sessão de radioterapia, o animal não sente dor.

Existe também a eletroquimioterapia, que é a combinação da quimioterapia com o uso de pulsos elétricos. Esse tratamento tem como objetivo auxiliar a penetração do medicamento no interior da célula tumoral e normalmente não está associado a efeitos adversos no corpo, sendo considerado como uma alternativa de tratamento local.

Estudos da oncologia veterinária mostram uma boa resposta da imunoterapia em alguns tumores. Essa terapia objetiva estimular o sistema imunológico para que ele controle o crescimento do câncer.

Terapias complementares

É crescente o número de profissionais que atuam com terapias complementares na oncologia veterinária. Um destaque é o uso da nutrição diferenciada e nutracêuticos para o paciente oncológico.

Na medicina humana, alguns fatores alimentares já estão bem relacionados ao surgimento do câncer, como a obesidade, o alto consumo de carboidratos ou de alimentos de baixo valor nutritivo, o baixo consumo de fibras e dietas desequilibradas no que diz respeito aos ácidos graxos.

Nos animais, os estudos são escassos, mas cada vez mais os médicos-veterinários acreditam que essa relação também seja verdadeira para seus pacientes, que apresentam alterações metabólicas já elucidadas.

Além da nutrição como terapia complementar, acupuntura, fitoterapia, homeopatia, ozonioterapia e homeopatia estão sendo muito procuradas pelos tutores de cães e gatos que desenvolvem tumores.

Independentemente do tipo de neoplasia que seu amigo apresentar, ele precisará de cuidados veterinários e muito carinho. É preciso ter esperança e confiança no tratamento proposto.

O diagnóstico de câncer é algo que nenhum tutor quer ouvir, mas, se ele ocorrer, seu animal deve ser acompanhado por especialistas da oncologia veterinária. Nós, da Seres, temos uma equipe bem preparada e pronta para atender seu peludo. Conte com a gente!

Seres

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