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Lipoma em cães: mais que uma gordurinha indesejada

Notou um nódulo aumento de volume anormal no seu amigo e gostaria de entender pode ser? Saiba que o lipoma em cães é um tipo de alteração muito comum e, apesar de causar um susto quando descoberto, , felizmente, é um tumor benigno e tem cura quando tratado, em raros casos a versão maligna do lipoma é observada, que é chamada de lipossarcoma.

O lipoma em cachorro é uma neoplasia benigna que se origina nos adipócitos, células gordurosas subcutâneas e dérmicas. Mesmo sendo um tumor de caráter benigno, ou seja, não oferecendo risco de vida ao animal, dependendo de onde estiver localizado, ele pode causar problemas se crescer demais, como desconforto e dor ao paciente.

Sinais clínicos

Esse tumor de gordura em cães pode  crescer exageradamente em alguns casos, deixando a pele mais sensível ou mais fina, principalmente nas grandes formações, isso pode favorecer o risco de ferimentos nessas regiões, levando a sinais de dor e desconforto. Devido a dificuldade para esses ferimentos cicatrizarem, as infecções podem se desenvolver, aumentando as complicações para os animais.

Geralmente, o nódulo do lipoma tem consistência macia e é bem delimitado, não aderindo aos planos profundos, como a musculatura na maioria dos casos. O animal não costuma apresentar dor ao toque, a não ser que o nódulo ficado inflamado ou machucado. Como se parece externamente com qualquer outra neoplasia, é preciso fazer exames para afastar suspeitas de neoplasias malignas.

O lipoma em cães pode ser uma formação única ou múltipla, com a possibilidade de aparecer em qualquer região do corpo como tronco que envolve o tórax e o abdômen externamente e também nos membros que são as regiões menos comuns. Ele pode crescer lentamente até determinado tamanho e estacionar , porém existe o risco de continuar crescendo até o ponto de começar a trazer desconforto para o paciente.

O lipoma em cães idosos é bem comum, principalmente em animais com sobrepeso. Aparentemente, cadelas idosas e castradas são as mais acometidas por essa enfermidade. Ela pode ter a obesidade como fator predisponente e a maioria dos cães que a apresentam têm oito anos de idade em média.

Obesidade em cães

A obesidade é uma doença crônica causada pelo acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo, o que aumenta substancialmente o risco de problemas de saúde e diminui a expectativa de vida do animal. 

Ela ultrapassa a fronteira das espécies e já atingiu proporções endêmicas no mundo todo, em humanos e animais de estimação, o que preocupa tanto médicos como veterinários.

Nos cães, ela acomete entre 20 a 40% da população e acarreta múltiplas alterações dos sistemas cardíaco, osteoarticular, imunológico, digestivo e, principalmente, endócrino. Com isso, tornou-se a uma das doenças de maior importância na saúde animal.

Causas da obesidade em cães

A obesidade em cães se deve à sobrecarga de fornecimento dos carboidratos e gorduras, o que excede o gasto energético diário. Ela pode decorrer também de sedentarismo, herança genética, doenças endócrinas e castração.

Cães de meia-idade a idosos são os mais acometidos pela obesidade, seja pelo próprio decaimento metabólico inerente à idade, seja por alterações osteoarticulares que os fazem reduzir a atividade física diária.

Apesar de ser uma doença de base nutricional, na origem, existem fatores, sociais, genéticos, culturais, endócrinos e metabólicos que dão um caráter multifatorial à enfermidade.

Hábitos alimentares caninos

A identificação da obesidade é feita com o cálculo do IMCC (índice de massa corpórea canina), a determinação do peso corpóreo relativo e o escore de condição corporal.

O hábito alimentar do cachorro mudou nos últimos anos, e fornecer-lhes petiscos e guloseimas tornou-se uma forma de carinho ou até substituição dele na ausência dos tutores. A mudança do estilo de vida desses animais, que se tornaram mais sedentários ou passaram a viver em ambientes fechados e pequenos, sem caçarem para se alimentar, também contribuiu com o aumento da obesidade na espécie.

Doenças endócrinas

Algumas doenças endócrinas podem causar o lipoma em cães, já que levam ao acúmulo exagerado de gordura corpórea nesses animais. Elas devem ser testadas antes de se iniciar uma dieta de emagrecimento.

Hipotireoidismo canino

O hipotireoidismo canino é uma disfunção da tireoide que leva à deficiência na produção de hormônios dela, causando aumento de peso, doenças de pele recorrentes, intolerância ao exercício e queda dos pelos.

Hiperadrenocorticismo canino

Doença em que a produção de cortisol aumenta, ocasionando acúmulo de gordura no corpo (principalmente no abdômen), aumento do apetite, da produção de urina e da ingestão de água, respiração ofegante, pele e pelos mais finos.

Hiperlipidemia canina

Caracterizada pelo aumento de triglicérides, colesterol ou ambos, acomete principalmente os Schnauzers miniaturas e tem caráter hereditário. Ela pode causar o aumento do peso, pancreatite e trombose gordurosa.

Existe um tipo de tumor maligno, de mesma origem, que também apresenta o crescimento de nódulo único ou múltiplo, chamado lipossarcoma. A diferença entre lipoma e lipossarcoma só é perceptível por exames.

Tratamento do lipoma

Como tratar linfoma em cachorro? O tratamento do lipoma envolve alterações dietéticas, como a proibição de fornecimento de petiscos calóricos e substituição deles por alimentos saudáveis, com acompanhamento de veterinário nutrologista para evitar progressão do nódulo.

A retirada cirúrgica do lipoma pode ser indicada, principalmente em casos de compressão de vasos, nervos ou órgãos, com sinais de desconforto para o paciente, associada à mudança na dieta.

Enfim, o surgimento de nódulos nos animais pode se tratar de uma neoplasia. Por isso, o lipoma em cães é uma doença a ser investigada, pode até ser monitorada mas nunca ignorada. Ficou curioso e quer saber mais? Visite o nosso blog e aprenda!

 

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