Por que a glândula adanal do cachorro inflama?
Publicado pela Equipe SERES | 30 agosto 2022
Viu o pet arrastando o bumbum no chão, lambendo insistentemente o bumbum, com uma substância amarronzada e um cheiro repugnante? Você acaba de conhecer a glândula adanal do cachorro!
Ela é responsável por secretar uma substância odorífera para marcar território ou lubrificar as fezes, mas, às vezes, pode ficar obstruída ou inflamada. Veja o que fazer se isso acontecer com o seu peludo.
O que pode acontecer com a glândula adanal do cachorro?
A glândula adanal dos cães fica ao lado do ânus — ou melhor, ficam, pois são duas: uma de cada lado. Para que a secreção que elas produzem possa ser liberada, há um pequeno orifício. Dessa forma, quando o animal defeca, há uma pressão nessa região que leva ao esvaziamento do saco anal.
A secreção é direcionada pelos ductos até que chegue ao orifício que fica dentro do ânus e seja liberada junto com o cocô. No geral, ela é fluida e possui um mau cheiro. No entanto, algumas vezes, esse orifício ou os ductos são obstruídos, impedindo que o processo aconteça.
Isso ocorre quando há uma infecção local causada por bactérias do próprio intestino, por exemplo. Também acontece quando a secreção fica ressecado, levando ao que se chama de impactação.
Pode ocorrer quando o animal está com diarreia, ou seja, não faz força para fazer cocô. Com isso, a glândula adanal do cachorro não é estimulada, e a secreção fica parada. Dessa forma, acaba ressecando. Há outros fatores individuais que predispõem uma maior ou menor incidência de alteração nessas glândulas.
Seja qual for o caso, se algo impede que a secreção saia, ela vai passar a se acumular no saco adanal. Isso levará a um aumento de volume, dor e desconforto. Por isso, o animal precisa de tratamento. Conheça as causas mais comuns de mudança na consistência das fezes:
- colite;
- disbiose;
- parasitas intestinais;
- alergia alimentar;
- intolerância alimentar;
- insuficiência do pâncreas;
- quantidade baixa de fibras na dieta.
Glândulas adanais ectópicas
As glândulas adanais que são ectópicas, ou seja, estão fora de seu lugar habitual — geralmente mais profundas ou muito abaixo do reto — não recebem pressão suficiente na saída das fezes. Nesse caso, podem ficar impactadas, sendo necessário que o veterinário as esvazie de tempos em tempos.
Como esvaziar a glândula adanal?
Como esvaziar a glândula adanal em cães exige experiência, não tente fazer isso em casa. O veterinário irá manipular a glândula e espremê-la gentilmente, fazendo com que o excesso de conteúdo saia pelo ânus do pet. Esse procedimento causa incômodo ao animal, principalmente se o problema estiver presente há muito tempo ou a inflamação for intensa, podendo ser necessário o uso de medicamentos para alívio dos sinais e desconforto.
Então, por que não espremer a glândula de vez em quando?
O ducto que sai da glândula e chega até o ânus tem um diâmetro muito pequeno. Quando se espreme a glândula, força-se a passagem desse conteúdo por esse caninho com pressão acima da normal.
Essa pressão machuca o ducto, que pode inflamar. Inflamando, fica edemaciado (inchado) e fecha a saída do conteúdo da glândula, ou seja, causa a impactação dela. Por isso, não é recomendado que a glândula adanal do cachorro seja espremida no banho. Se pensa em manter seu pet mais limpo, saiba que isso irá prejudicá-lo ainda mais.
Quais animais podem ter a inflamação e quais os sinais?
Não importa a idade do pet, é possível que o tutor veja o cachorro com a glândula adanal inflamada. Ela também pode acontecer em peludos de diferentes portes e raças.
Por isso, é importante que o tutor saiba identificar que algo não está bem com a glândula adanal do animal para que possa levá-lo ao veterinário. Entre os sintomas que são vistos, estão:
- o cão tem irritação perto do ânus;
- o animal passa a correr atrás da cauda ou arrastar a região anal no chão;
- o tutor nota um corrimento com odor desagradável perto do ânus do peludo (glândula adanal vazando) ou até mesmo em objetos como caminhas e cobertores ou na própria roupa do tutor ao pegá-lo nos braços;
- o pet tem dor típico resultante da glândula adanal inflamada;
- o tutor observa um aumento de volume na região ao redor do ânus;
- o cão apresenta alteração de comportamento, que é causada pelo desconforto;
- o animal tenta defecar sem conseguir (tenesmo), com uma sensação de que ainda tem cocô para sair, mas, na verdade, é a glândula inchada.
Como é feito o diagnóstico de inflamação na glândula anal?
Embora a obstrução inflamatória seja uma causa frequente, será preciso também avaliar para saber se não é um tumor. Por isso, além do exame físico, da palpação retal e da glândula adanal do cachorro, é possível que o médico-veterinário solicite mais exames, como:
- radiografia abdominal;
- ultrassonografia abdominal;
- tomografia computadorizada;
- biópsia.
Tratamento
Após definir o diagnóstico, o médico-veterinário irá explicar como tratar a glândula adanal em cães. Caso seja uma obstrução, é possível que ele faça a limpeza da glândula no consultório. Depois disso, irá prescrever medicamentos para serem administrados pelo tutor.
No geral, o uso de antibióticos tópicos e sistêmicos pode ser adotado. Algumas vezes, um anti-inflamatório também pode ser prescrito por alguns dias. No entanto, quem vai decidir qual é o melhor remédio para glândula adanal será o médico-veterinário do seu pet.
Contudo, quando há recidivas ou quando o tratamento por meio da administração de medicamentos não surte efeito, o procedimento cirúrgico passa a ser uma alternativa. A remoção de um ou dois sacos anais pode ser o protocolo escolhido.
A glândula adanal do cachorro é uma estrutura que pode sofrer alterações com consequências relevantes para o bem-estar do pet, por isso, se notar qualquer alteração, procure ajuda veterinária e os profissionais do Seres. Aqui, o peludo é tratado com todo carinho que merece!
Aqui você encontra artigos incríveis sobre saúde e cuidados que podem ajudar a melhorar o bem-estar de seu bichinho de estimação, seja qual for a espécie do pet. Afinal de contas, o nosso instinto é cuidar!
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