Fiv e felv são viroses muito perigosas para os gatos
Publicado pela Equipe SERES | 17 maio 2022
Fiv e felv são duas doenças distintas, mas que igualmente acometem os felinos domésticos e selvagens. São enfermidades causadas por vírus e que trazem muitos malefícios à saúde desses animais.
O vírus da imunodeficiência felina (FIV) e o vírus da leucemia felina (FeLV) são as doenças virais mais temidas dos gatos, pois apresentam diversas formas de provocar sintomas graves e óbito dos animais acometidos.
Vírus da leucemia felina
Vamos começar com essa doença devido à sua complexidade. Gatos que testam positivo para essa enfermidade podem debelar a infecção e, se testados posteriormente, podem ser negativos.
Normalmente os gatos que desenvolvem a infecção, os considerados “abortivos”, não chegam a testar positivo no exame. Os que chegam a testar positivo e depois negativam possuem a doença e são chamados de “regressores”. A retestagem, na maioria dos casos, é indicada após 30 dias para FeLV e 60 dias para FIV.
O vírus é facilmente espalhado entre animais que vivem juntos, daí vem a importância de testar todo felino novo que vai adentrar a família ou abrigo. Ele também passa da mãe para os filhotes, tanto na gestação quanto na amamentação, e entre gatos que brigam. Ele é transmitido pela saliva.
Então, devido ao comportamento de os gatos se banharem uns aos outros, se morderem em uma briga, compartilhar potes de comida e água é muito fácil que a felv seja transmitida entre os felinos.
Além da saliva, o vírus da leucemia felina está presente nas secreções nasais, na urina, nas fezes e no sangue dos animais infectados. Assim que ele adentra o corpo de um gato, pode seguir três caminhos:
No primeiro, o felino combate o vírus e o elimina com sucesso, não demonstrando sinais de doença nem de infecção. Hoje sabemos que durante a vida o animal pode transitar entre as duas formas, regressor e progressor. Ser agressor não significa necessariamente que terá doença clínica.
O animal felv positivo não apresenta nenhum risco à saúde de seus tutores e tampouco a outras espécies de animais, pois esse vírus é capaz de infectar somente os felinos.
E quais são os sintomas da infecção pelo felv?
A felv felina é muito versátil. Ele pode provocar sintomas inespecíficos, como pelagem sem brilho, infecções cutâneas ou respiratórias, fraqueza, perda de peso, doenças oculares, anemia, diarreia, gengivas inflamadas ou pálidas, tumores e febre.
É fácil diagnosticar a felv?
Sim, a fiv e felv são diagnosticadas com um exame de sangue. Todos os gatos devem ser testados para felv, principalmente se é um felino novo, a ser introduzido na família, pois a doença não tem cura.
Também é importante testar todo gato doente, uma vez que os sintomas são inespecíficos e podem se confundir com qualquer outra doença dos felinos. Gatos com estilo de vida de risco devem ser testados para fiv e felv e, depois, se possível, passar a viver dentro de casa sem acesso à rua.
Existe como prevenir a felv?
Sim. É importante que o gato não saia à rua e não tenha contato com outros gatos que sejam portadores do vírus. A vacina contra a felv existe e é bastante eficaz, porém, não atinge eficácia de 100%. Por isso, além da vacinação, o animal deve ser mantido exclusivamente dentro de casa. Converse com seu veterinário de confiança para saber se seu amigo precisa ser vacinado.
Meu gato é felv positivo, o que devo fazer?
O gato deverá ser avaliado semestralmente, com realização de exames de sangue e, anualmente, ultrassom. Tal cuidado permitirá que possíveis síndromes associadas a FeLV sejam detectadas precocemente.
Uma boa dieta é importante, assim como a castração, que evita que o gato queira sair de casa e diminui o estresse e a chance de se contaminar com outras doenças e contaminar outros gatos com a felv.
Vírus da imunodeficiência felina
Esta doença também é chamada de Aids felina, pois tem as mesmas características da doença causada pelo vírus imunodeficiência humana. O mais importante é saber que o vírus da imunodeficiência felina não afeta os seres humanos.
Gatos machos não castrados, com acesso à rua desacompanhados, ou que vivem em abrigos ou locais de alta aglomeração de felinos são os animais de mais alto risco de desenvolver a fiv.
O vírus da imunodeficiência felina é transmitido pela mordida profunda que os gatos dão no momento da relação sexual e nas brigas. Ele não passa através do contato, então gatos positivos podem compartilhar potes de comida e de água e caixas de areia com seus contactantes.
Gatos com fiv apresentam sintomas como febre, anemia, perda de peso, infecções constantes e que não melhoram como esperado, úlceras na gengiva, doenças de pele, respiratórias e no trato gastrointestinal.
É uma doença que não tem cura, porém os gatos com fiv vivem muito bem, desde que mantenham sua imunidade boa. Se seu amigo é fiv positivo, mantenha-o longe do contato com gatos doentes.
Para a fiv felina não existe uma vacina no Brasil e mesmo nos países que ela é comercializada o seu uso é controverso. Então, a melhor forma de prevenir essa doença é não deixar seu animalzinho sair para a rua.
A fiv e felv pedem acompanhamento rotineiro com o veterinário, além de manter o ambiente calmo e sem fontes de estresse para o felino, pois é sabido que o estresse é imunossupressor.
A fiv e felv são doenças graves e que interferem na saúde e bem-estar do seu amigo. Caso tenha dúvidas ou precise de ajuda profissional, traga seu gatinho para uma consulta na Seres.
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