Conheça como vive um cachorro deficiente
Publicado pela Equipe SERES | 24 outubro 2022
Os animais, assim como os seres humanos, podem sofrer acidentes, ser diagnosticados com doenças de difícil tratamento ou nascer com alguma alteração genética ou hereditária. Em algumas dessas situações, nos deparamos com um cachorro deficiente.
A maioria das pessoas, ao conhecer um cão deficiente, tem sentimentos de compaixão ou até mesmo tristeza. Por outro lado, você sabia que um cachorro deficiente pode ter qualidade de vida mesmo em meio a dificuldades? A seguir, conheça as deficiências mais frequentes e como ajudar o cão a se adaptar a elas.
Paralisia dos membros posteriores
O cachorro com paralisia dos membros posteriores, ou seja, que não consegue mexer as patas de trás, geralmente se encontra nessa condição devido a acidentes ou doenças que atingem a coluna vertebral.
Se o ocorrido for um acidente, seja por atropelamento, quedas ou maus tratos, o animal pode lesionar a medula espinhal e perder o movimento das patas. Na verdade, o movimento de todo o corpo, posterior à fratura, deixa de ter seu funcionamento correto. Isso também pode englobar a bexiga e o intestino, por exemplo.
Outro caso comum é a hérnia de disco, onde ocorre uma compressão dos nervos a nível da medula espinhal, não permitindo que ele leve a informação de movimento, ocasionando a paralisia. Doenças do sistema neurológico, como a cinomose, também podem deixar o cachorro paraplégico. Cada doença terá certos sintomas até evoluir para a paralisia dos membros posteriores ou outras regiões do corpo.
A paralisia dos membros posteriores deve ser diagnosticada e tratada pelo médico-veterinário. Em certos casos, a falta de movimento será permanente, em outros, parcial ou até reversível.
Como cuidar do cachorro paraplégico?
O cachorro deficiente é capaz de se adaptar às mais diversas situações. No caso de perda de movimentos das patas de trás, pode ser providenciada uma cadeirinha de rodas que deve estar de acordo com o peso e tamanho do animal.
Essa cadeirinha deve ser confortável e não causar lesões na pele do cachorro. O pet conseguirá passear de um lado para o outro sem correr o risco de se machucar se arrastando pelo chão. É importante lembrar que alguns animais não se adaptaram às cadeirinhas e deve-se respeitar a vontade deles. O uso de roupinhas, fraldas, tapetes e o chão não ser muito áspero, como o cimento, são medidas que ajudam a evitar lesões.
O cachorro deficiente requer atenção quanto às suas necessidades fisiológicas. Muitos não conseguem urinar ou defecar sozinhos. A alimentação pastosa pode ser necessária para que ele não fique com o intestino preso. Também é interessante massagear a bexiga para que ele urine, caso ele não tenha controle da micção.
Se surgirem feridas, escaras e lesões, é necessário tratar. O médico-veterinário indicará pomadas para o tratamento e dará toda a orientação a respeito do manejo no dia a dia da vida desse cão.
Cegueira
As causas de cegueira em cães são diversas, como catarata, glaucoma, úlcera de córnea e ceratoconjuntivite seca. O cachorro deficiente visual ao nascimento pode ter alguma doença genética, como má-formação das estruturas do olho, acometendo sua visão.
Em casos de acidentes, com traumas na cabeça, podem ocasionar lesão no globo ocular ou nervos responsáveis pela visão. Dependendo do tipo de ferida instalada, a remoção cirúrgica do globo ocular pode ser necessária, portanto, o cão fica cego.
Como cuidar do cachorro cego?
Alguns cuidados simples podem garantir o bem-estar do cachorro cego. Evitar trocar os móveis de lugar ajuda para que ele tenha noção do espaço onde vive e, assim, não bata na mobília e se machuque.
Os potes de comida e água devem estar sempre em fácil acesso e no mesmo local. Evitar deixar objetos pelo caminho, assim como restringir o acesso a área de piscina, escada e laje para prevenir acidentes.
Surdez
É comum que o cachorro com deficiência auditiva seja um animal mais idoso. Com o avanço da idade, ocorre perda gradativa da audição até o ponto do animal não escutar mais.
Outra causa comum são as infecções de ouvido, chamadas de otite. Se elas forem recorrentes e atingirem o ouvido mais interno, podem romper a membrana timpânica e lesionar estruturas e nervos responsáveis pela audição.
Como cuidar de um animal surdo?
O cachorro deficiente auditivo pode se tornar um pouco mais agressivo ou assustado e inseguro por não ter percepção do que acontece ao ser redor. Os cães surdos podem, então, aprender comandos por meio de sinais.
O tutor pode repreender ou agradar o cão com algum sinal de fácil visualização, de forma que o pet consiga distinguir entre um e outro. Oferecer petiscos e carinhos como reforço positivo ajuda na interação com esse animal.
Os desafios que o tutor de cachorro deficiente enfrenta são diferentes, mas não impossíveis. Devemos sempre lembrar que amor e carinho é o que eles mais desejam. Diferentemente dos seres humanos, os cães não se comparam entre si, e sua deficiência não afeta o seu estado emocional.
Até que o animal se adapte à nova condição, caso ele não tenha nascido assim, é normal certa estranheza no início. Com o tempo, porém, novas habilidades serão desenvolvidas. Um cão cego aprende a usar ainda mais o olfato e audição, por exemplo.
Não importa qual seja a condição, todos os cães carregam a vontade de brincar e se divertir com seu tutor. Manter atividades físicas, brincadeiras e passeios de forma segura é fundamental para seu desenvolvimento e bem-estar. Se você deseja saber mais sobre cachorro deficiente, nosso blog está repleto de informações!
Aqui você encontra artigos incríveis sobre saúde e cuidados que podem ajudar a melhorar o bem-estar de seu bichinho de estimação, seja qual for a espécie do pet. Afinal de contas, o nosso instinto é cuidar!
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