Alergia em cachorro: vamos aprender sobre esse quadro comum?
Publicado pela Equipe SERES | 10 julho 2022
A alergia em cachorro está se tornando uma doença comum, seja pela predisposição racial, seja por algum ingrediente alimentar, micro-organismos aléambientais ou alérgenos ambientais em geral, e ainda causa uma coceira danada!
A alergia de cachorro é uma particularidade do sistema imunológico dele, que reage de forma exagerada quando entra em contato com alguma substância que ele considera perigosa.
Portanto, é uma enfermidade que não tem culpados, mas sim elementos que desencadeiam uma resposta imunológica exacerbada. Por isso, o ideal é conhecer todas essas substâncias e evitar o contato de cada animal com elas, o que é impossível às vezes.
A coceira no cachorro
A coceira ou prurido é uma sensação que o organismo do animal provoca nele mesmo. Ela desencadeia uma série de eventos que levam o animal a se morder, arranhar e lamber em regiões específicas do corpo ou de forma generalizada.
Assim como a dor, a coceira é um sinal de alerta e proteção para o cachorro remover substâncias perigosas ou prejudiciais à pele.
Quando isso ocorre, há o início de um ciclo em que a pele estimula o sistema nervoso e ele a estimula em resposta, perpetuando a coceira e as consequências dela na derme do cão.
Nos humanos, a histamina tem ação importante nas coceiras intensas. Porém, no cachorro com alergia, ela não é a principal substância envolvida, por isso os anti-histamínicos não são muito eficazes na espécie.
Dermatopatias alérgicas nos cães
A alergia em cachorro que se manifesta na pele é uma dermatopatia alérgica. A maioria das doenças dermatológicas de causa alérgica é causada por picada de ectoparasitas, ingredientes da alimentação e atopia. Não há predisposição sexual, então ela afeta tanto machos quanto fêmeas.
Dermatite Alérgica à Picada de Pulgas (DAPP)
Também conhecida como Dermatite Alérgica à Picada de Ectoparasitas (DAPE), ela é causada pela picada de pulgas, carrapatos, pernilongos e outros insetos que se alimentam de sangue. Ao picarem o animal, eles liberam a saliva no local, que contém uma proteína que atua como anticoagulante e facilita a manutenção do fluxo de sangue para o parasita sugá-lo. É essa proteína que causa alergia nos cães.
Ela é comum em regiões tropicais e de maneira sazonal. Os casos aumentam no verão e outono, mas podem ocorrer em qualquer época do ano no nordeste, no norte e no centro-oeste do Brasil. As raças, como Buldogue Francês, Shih Tzu, Lhasa Apso, Pug e Yorkshire manifestam agudização de dermatite atópica mediante picada de ectoparasitas.
A dermatite acomete cães de qualquer idade, mas filhotes com menos de seis meses são menos propensos a terem sintomas. Estudos mostram que animais que entram em contato rotineiro com os ectoparasitas se tornam tolerantes a ela.
A alergia em cachorro provoca queda de pelo e muito prurido, que se iniciam na base da cauda e depois se alastram. A pele fica mais grossa e escura, e há infecções secundárias em geral, que também podem ser causadas por leveduras, devido ao autotraumatismo das mordeduras e lambeduras.
O diagnóstico ocorre a partir das lesões e da presença de parasitas no animal, e o tratamento usa medicamentos, além de antipulgas, carrapatos e repelentes para prevenir ectoparasitas.
Hipersensibilidade Alimentar
A hipersensibilidade alimentar é uma reação adversa a algum componente da dieta que resulta no processo alérgico. Os alimentos com maior potencial alérgico são as proteínas de origem animal e grãos, derivados do leite e grãos.
Carne bovina, derivados lácteos, carne de frango, trigo e carne de cordeiro foram apontados como os alimentos com maior potencial alérgico, nessa ordem de importância.
Nesse caso, o diagnóstico do cachorro com alergia ocorre pela exclusão de alimentos rotineiros e pela introdução de dieta hipoalergênica, preferencialmente comercial, durante pelo menos 8 semanas. Caso haja melhora dos sintomas, a causa da alergia é determinada alimentar.
Dermatite Atópica
A dermatite atópica é uma dermatopatia alérgica muito pruriginosa de origem genética, caráter inflamatório crônico e recorrente, e difícil controle. Os antígenos mais comuns são os pólens, a poeira, os ácaros de poeira e fungos anemófilos;.
Além da coceira, os sinais são diversos. Áreas avermelhadas e pruriginosas, como ao redor dos olhos, interdígitos, região inguinal (“virilha”) e axilas. Além disso, pode haver queda de pelo excessiva, otite, piodermites superficiais e seborreia secundária.
O diagnóstico de atopia se dá após o esgotamento de todas as outras causas de alergia. Ele passa por etapas de controle de ectoparasitas, alterações da alimentação usual para uma dieta hipoalergênica e, por fim, a conclusão da atopia.
O tratamento é também envolve: uso de ectoparasiticidas, manutenção da dieta hipoalergênica, medicamentos de controle da coceira orais ou injetáveis, imunoterapia, xampus, suplementos alimentares, além de evitar o contato do cão com os possíveis alérgenos.
Atenção aos sinais clínicos
Quais os sintomas de alergia em cachorro? Embora elas sejam comuns, trazem bastante sofrimento ao animalzinho. Por isso, é preciso diagnosticar precocemente a causa correta e rapidamente instituir o melhor tratamento para seu amigo.
Com isso, você proporciona uma excelente qualidade de vida para seu cão, evitando que a alergia em cachorro piore. Ele, com certeza, vai agradecer e, se precisar, nós da Seres estamos à disposição para ajudar!
Aqui você encontra artigos incríveis sobre saúde e cuidados que podem ajudar a melhorar o bem-estar de seu bichinho de estimação, seja qual for a espécie do pet. Afinal de contas, o nosso instinto é cuidar!
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