O que você precisa saber sobre vacina para gato
Publicado pela Equipe SERES | 07 novembro 2022
Quando adotamos um bichinho de estimação, é normal que surjam muitas dúvidas quanto aos cuidados com a sua saúde, especialmente se somos pais e mães de primeira viagem. Entre os cuidados mais importantes está a vacina para gato, um ato simples de amor que pode salvar a vida do seu bichano.
Existem doenças que atingem tanto o ser humano quanto o cão, o gato ou outras espécies. Por outro lado, certas enfermidades podem ser específicas ou mais frequentes em determinados grupos. Por esse motivo, as vacinas são desenvolvidas e destinadas a cada espécie animal. Hoje vamos falar sobre a vacina de gato!
Como as vacinas atuam?
As vacinas atuam de forma preventiva, ou seja, não permitem ou pelo menos diminuem as chances de o seu animal ficar doente. Elas ensinam o organismo a reconhecer determinados microrganismos (a maioria vírus), produzir anticorpos contra eles e,por fim, destruí-los.
Tipos de vacinas
As vacinas podem ser do tipo monovalentes (proteger somente contra uma doença) ou vacinas polivalentes (proteger contra várias doenças). As polivalentes são classificadas quanto ao número de doenças que protege seu bichano. No caso dos gatos, temos a V3, ou tríplice, V4, ou quádrupla, e V5, ou quíntupla.
Quais doenças podem ser evitadas?
A vacina para gato V3 protege contra a panleucopenia felina, rinotraqueíte e calicivirose. A V4, além das três anteriores, também atua contra a clamidiose. Já a V5 previne todas as quatro doenças citadas e também a leucemia viral felina.
A vacina monovalente mais popular e fundamental para a saúde dos gatos é a antirrábica. Também existe a monovalente, que atua contra um fungo chamado mycrosporum, porém, não é tida como obrigatória no calendário vacinal. Vamos conhecer um pouco mais sobre essas doenças.
Panleucopenia felina
Essa doença agride o sistema imunológico do gato, destruindo suas células de defesa. O gato a contrai quando entra em contato com urina, fezes e saliva contaminadas pelo vírus. O animal doente apresenta anemia intensa, vômito, diarreia (com sangue ou não), febre, sintomas neurológicos e pode levar à morte.
Rinotraqueíte
Também conhecida como complexo respiratório felino, atinge o sistema respiratório dos gatos, causando espirros, secreção nasal e ocular, além de salivação. Se não tratada ou quando atinge filhotes ou animais com imunidade baixa, pode evoluir para pneumonia e óbito.
A transmissão da rinotraqueíte acontece pelo contato com a saliva, secreção nasal e ocular de um animal portador do vírus. Nem todos os gatos adoecem, mas todos podem ser transmissores da doença, que está intimamente ligada à capacidade imunológica de cada um.
Calicivirose
Essa doença também atinge o trato respiratório, causando sintomas bastante semelhantes à gripe humana, como tosse, espirro, febre, secreção nasal, apatia e fraqueza. Outros sinais podem ser observados, como diarreia e lesões na boca e focinho, o que dificulta a alimentação. Contudo, o que mais comumente vemos são as lesões orais.
Assim como a maioria das patologias que atingem as vias aéreas e pulmões, o vírus é transmitido por secreção nasal e ocular. O vírus também pode estar suspenso no ar, e quando um animal sadio entra em contato, acaba se contaminando.
Clamidiose
Outra enfermidade respiratória, porém causada por bactéria. Ela ocasiona espirros, secreção nasal e causa principalmente conjuntivite. Em casos graves, o filhote pode apresentar dor nas articulações, febre e fraqueza. Mais uma vez, a transmissão acontece pelas secreções de um animal infectado, principalmente por secreção ocular.
Leucemia viral felina
A leucemia felina, mais conhecida como FeLV, é uma doença que pode levar a variadas síndromes, desde atacar o sistema imunológico, a medula óssea, levando a anemia. Por isso, aumenta em mais de 60 vezes a chance de desenvolver linfoma. Nem todo gato com FeLV apresenta diminuição de expectativa de vida.
O animal apresenta perda de peso, diarreia, vômito, febre, secreção nasal e ocular e diversas infecções em diferentes áreas do corpo.
A transmissão da FELV ocorre pelo contato direto com um gato infectado, principalmente por meio de saliva, urina e fezes. Gatas prenhes transmitem o vírus ao filhote pela amamentação. O compartilhamento de brinquedos e bebedouros, por exemplo, é uma fonte de contaminação.
Raiva
A raiva é transmitida pela saliva de animais contaminados por meio da mordida. Pode atingir várias espécies, inclusive o ser humano, portanto, é uma zoonose. Quando o vírus atinge o sistema neurológico, muda o comportamento do animal infectado e o torna mais agressivo.
O bichano também pode se infectar quando caça e é mordido por morcegos, gambás ou outros animais selvagens. Além da agressividade, o gato costuma apresentar intensa salivação, tremores, desorientação, etc. Infelizmente, em quase sua totalidade, essa doença leva à morte.
Preciso dar todas essas vacinas para o gato?
O médico-veterinário é o profissional que avalia quais são as vacinas que os gatos devem tomar. Indicará, entre vacinas polivalentes, a mais adequada para o seu bichano.
É importante que os gatos estejam protegidos contra todas as doenças possíveis, porém, no caso da FeLV, somente animais testados e com resultado negativo poderão se beneficiar da vacina para gato V5 .
A vacina tem efeito colateral?
Embora seja raro ocorrer efeito colateral da vacina para gato, algumas reações adversas podem ser observadas. Essas reações costumam ser leves e duram até 24 horas, como febre e dor no local da aplicação.
Em caso de reação mais severa, embora incomum, o gato pode apresentar coceira pelo corpo, vômito, incoordenação e dificuldade respiratória. Assim, deve-se procurar atendimento veterinário o quanto antes.
Quando iniciar o esquema de vacinação?
O protocolo de vacina para gato filhote se inicia a partir dos 45 dias de vida. Nessa primeira fase, ele receberá pelo menos três doses de uma vacina polivalente (V3, V4 ou V5), com intervalo de 21 a 30 dias entre as aplicações. Ao final desse esquema vacinal, ele também receberá uma dose de antirrábica.
Tanto a vacina polivalente quanto a vacinação antirrábica necessitam de reforço anual para toda a vida do gato. Esse protocolo pode variar a critério do médico-veterinário e da condição de saúde do bichano.
A melhor maneira de proteger e evitar que seu animalzinho venha a adoecer é garantindo que ele tenha acesso à vacinação. Agora que você já sabe tudo sobre a vacina para gato, conte com nossa equipe para manter a carteirinha do seu bichano atualizada!
Aqui você encontra artigos incríveis sobre saúde e cuidados que podem ajudar a melhorar o bem-estar de seu bichinho de estimação, seja qual for a espécie do pet. Afinal de contas, o nosso instinto é cuidar!
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