A hepatite infecciosa canina é doença viral, que pode ser confundida com diversas outras devido aos sinais clínicos que apresenta. O tratamento é apenas de suporte, e a cura é difícil. Saiba mais sobre a hepatite canina e veja como evitar que o seu cão seja acometido.
Essa grave doença é causada por um adenovírus canino tipo 1 (CAV-1) ou tipo 2 (CAV-2), que é muito resistente no ambiente. Por isso, é comum que, uma vez que um animal adoeça, os outros, que vivem no mesmo lar, acabem acometidos.
Isso ocorre porque, embora exista vacina para proteger os peludos da hepatite canina infecciosa, muitas vezes os tutores não seguem o protocolo vacinal. Quando isso acontece, o animal fica suscetível.
Assim, quando em uma casa nenhum dos cães recebeu a vacina adequadamente, e um deles é acometido pela hepatite canina, há chances de todos desenvolverem a doença. Afinal, a transmissão é difícil de ser evitada quando o cão doente não é isolado.
O adenovírus canino é eliminado pela saliva, pelas fezes e pela urina dos cães acometidos. Dessa forma, o cachorro sadio pode ser infectado tanto pelo contato direto com o animal doente como pelas vasilhas de alimentos, de água, entre outros objetos que tenham sido usados pelo cachorro com hepatite.
Uma vez que o animal tenha contato com o vírus da hepatite canina, o microrganismo se replica dentro do corpo do cão e migra pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático.
Um dos primeiros órgãos no qual o vírus se instala é o fígado. Contudo, ele também pode afetar rins, baço, pulmões, sistema nervoso central e até mesmo os olhos do animal de estimação. O período de incubação, que é o tempo entre o animal ser infectado e apresentar os primeiros sinais clínicos, varia entre 4 e 9 dias.
A hepatite canina pode se manifestar na forma subaguda, quando os sinais são brandos. Contudo, muitas vezes, a forma aguda é a que se desenvolve. Nesses casos, a doença se manifesta de forma agressiva e pode levar o animal a óbito em poucas horas.
Embora possa acometer cães de todas as idades, a hepatite canina é mais frequente em pets com menos de um ano de idade. O animal acometido pela hepatite infecciosa canina pode apresentar sinais clínicos como:
Nesses casos, o vírus afeta diversos órgãos. Por outro lado, na forma subclínica, muitas vezes o tutor nem nota que o animal está doente. Quando isso acontece, a doença só é confirmada após a morte do pet.
Não há um tratamento da hepatite canina que seja específico para a doença. Assim, uma vez que o médico-veterinário diagnostique a doença, ele irá realizar o tratamento sintomático. No geral, o cão recebe fluidoterapia, para corrigir a desidratação e o desequilíbrio hidroeletrolítico.
Além disso, é possível que o profissional administre antieméticos, glicose intravenosa, antimicrobianos, entre outros. Em alguns casos, a transfusão sanguínea pode se fazer necessária. Uma vez diagnosticado com a doença, o cachorro deve permanecer isolado e não pode mais dividir caminhas e utensílios com outros pets.
A recuperação é difícil, e a morte súbita de animais acometidos pela hepatite infecciosa canina não é rara. Por isso, o melhor a ser feito é evitá-la. Isso é possível por meio da vacinação (V8, V10 ou V11) correta, que deve ser administrada ainda quando o pet é filhote. Embora o protocolo vacinal varie, no geral, ele é o seguinte:
Em outros casos, a primeira dose é administrada quando o animal tem seis semanas de vida, e mais duas doses da vacina são administradas com intervalo de três semanas entre cada uma delas. O médico-veterinário do seu animal irá avaliar o caso e indicar o melhor a ser feito.
Além de proteger o animal da hepatite canina, essa vacina também protege o pet da cinomose. Você conhece essa doença? Descubra tudo sobre ela em nosso outro post!
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