Umas das partes do corpo do nosso pet que chama mais atenção são as orelhas. Cada raça possui um formato e costuma expressar os sentimentos do nosso animalzinho no lugar das palavras. Uma ferida na orelha do cachorro, portanto, é facilmente observada e causa certa preocupação ao tutor.
Esse tipo de machucado pode ser inofensivo e de fácil resolução. Outras vezes, porém, requer exames específicos para diagnóstico e tratamento mais agressivo. Na sequência, vamos falar sobre as diferentes causas e tipos de lesões que acometem essa área tão apreciada do corpinho.
Você pode observar a ferida na orelha do cachorro tanto na parte de dentro quanto de fora da orelha, assim como nas bordas. Essas lesões podem ser sanguinolentas, com pus, descamativas, com crostas amareladas ou avermelhadas, inchaço ou muita cera dentro do ouvido.
As causas de ferida na orelha do cachorro são diversas, e muitas delas possuem um sintoma em comum: a coceira. Quando o animal sente incômodo, seja dentro ou fora do conduto auditivo, usa as patas traseiras para se coçar e acaba se autotraumatizando.
Outro fator menos comum, porém mais grave, são os tumores de pele que podem atingir a região das orelhas. O pet não sente coceira inicialmente, mas a própria doença deixa uma ferida na orelha do cachorro.
Sempre que observar uma ferida, seja pequena, seja grande, independentemente da aparência, seu pet deve ser levado para uma avaliação do médico-veterinário. A seguir, vemos alguns exemplos de doenças que podem gerar ferida na orelha do cachorro:
A otite canina é a doença pruriginosa (que causa coceira) mais recorrente nesses animais. Ela é causada tanto por bactérias quanto por fungos. Uma intensa inflamação no conduto auditivo permite que esses microrganismos cresçam em quantidade exacerbada. As causas desse tipo de otite geralmente são alérgicas.
Outra causa de otite é devido ao ácaro otodectes cynotis, que parasita as orelhas externas e causa a chamada sarna otodécica. Nesse caso, o pet precisa entrar em contato direto com outro animal que tenha essa sarna ou compartilhar os mesmos objetos e utensílios, como rasqueadeiras, pentes e escovas, e ser contaminado.
Nos casos de otite, serão observados aumento do cerúmen dentro do ouvido de cor amarelada ou escurecida. A parte interna da orelha fica mais avermelhada devido à inflamação e ao ato de se coçar. Pode haver secreção com sangue e falhas de pelo na parte de trás.
Ao coçar a orelha, seja com as patas, se esfregando ou sacudindo a cabeça, há chance de pequenos vasos sanguíneos se romperem. Assim, há acúmulo de sangue abaixo da pele da orelha, gerando o otohematoma canino. Nesse caso, é possível sentir um conteúdo líquido ligeiramente macio ao tocar a região.
Esse tipo de ácaro, que causa a sarna demodécica, se alimenta dos pêlos do cachorro, causando alopecia (queda dos pêlos) predispondo a infecções. Bactérias oportunistas podem proliferar e causar coceira, o que agrava o quadro clínico.
O ácaro da sarna sarcóptica cava túneis e se movimenta na camada mais externa da pele, gerando intensa coceira. Ao se coçar, o cachorro se auto traumatize levando a formação de crostas até mesmo podendo sangrar
Outro problema comum que causa ferida na orelha do cachorro são as brincadeiras com outros animais, ou brigas. Ao interagirem, o pet pode levar uma mordida ou arranhão e machucar a orelha.
Algumas raças de cachorros têm a região das orelhas menos desprovidas de pelo, o que facilita a picada de mosquitos. Se o animal viver em uma região repleta desses insetos ou em um ambiente sem higiene, ele estará mais propenso a ser picado.
Ao picar, o mosquito inocula substâncias que dão sensação de coceira na orelha do cachorro, e o reflexo do animal é colocar a pata para se aliviar. A picada por si só já pode gerar uma pequena ferida, mas se o animal se coçar intensamente, aumentará a extensão da lesão.
Alguns mosquitos também transmitem doenças, como verme do coração e leishmaniose. Esta, além de ser uma doença grave, tem como um dos sintomas alterações dermatológicas inclusive na orelha.
Esses ectoparasitas tão comuns no nosso país preferem se manter nas regiões mais quentes do corpo do animal: entre os dedos, na virilha, nas axila e também dentro da orelha. Quando no último local, causará intensa coceira, o que leva o animal a se ferir.
O carcinoma de células escamosas (CCE), também chamado de carcinoma de pele, é o tumor maligno mais comum entre os cães. Apesar de ser agressivo, não costuma se espalhar para o restante do corpo.
O que o tutor somente observa é a ferida na orelha do cachorro, semelhante a úlceras que sangram e não cicatrizam.O carcinoma atinge principalmente animais de pele e pêlos claros que gostam de tomar banho de sol ou são expostos à radiação solar em horários impróprios sem proteção.
O tratamento para a ferida da orelha do cachorro varia de acordo com a causa. Se o motivo for picada de inseto, usar repelentes em forma de coleiras específicas ou produtos aplicados na pele do animal evita a lesão. Alguns produtos tópicos, como cremes e pomadas, podem ser necessários para curar a ferida apresentada.
Outro problema facilmente resolvido é a presença de carrapato dentro do ouvido. Basta retirá-lo manualmente ou fazer uso de medicações previamente prescritas pelo médico-veterinário para eliminar esse parasita.
Em sua maior parte, a otite canina também é facilmente tratada. São utilizados medicamentos otológicos aplicados no ouvido. O médico-veterinário fará o diagnóstico da origem da otite (bacteriana, fúngica ou sarna), e escolherá o melhor produto, além de tratar causas concomitantes da doença, como alergias.
Se houver otohematoma, é necessário descobrir o que o originou e tratá-lo simultaneamente. O otohematoma por si só pode ser solucionado com aplicações de medicações injetáveis, produtos tópicos (creme, pomada ou loção) ou cirurgia.
Já o carcinoma de pele tem um tratamento mais agressivo, sendo necessário cirurgia. Muitas vezes, somente o tratamento cirúrgico é suficiente para eliminação desse tumor, juntamente ao uso de filtro solar e diminuição do tempo de exposição ao sol, não necessitando de quimioterapia.
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