Coronavirose canina: descubra o que é e como proteger o seu pet
Publicado pela Equipe SERES | 16 setembro 2020
A coronavirose canina é diferente da que afeta as pessoas, ou seja, o vírus que afeta humanos não vem dos cães (não é uma zoonose). Mesmo assim, o vírus canino merece a atenção do tutor, pois os sinais clínicos apresentados pelo pet podem evoluir rapidamente. É preciso buscar atendimento veterinário o quanto antes. Veja o que fazer e como proteger o seu peludo.
Coronavirose canina é uma doença grave
Afinal, o que é coronavirose canina? A doença que acomete cães é causada pelo vírus CCov, ou seja, é diferente da doença que acomete humanos, que é causada pelo SARS-CoV2 (causador da COVID-19). Até o momento, não há evidências de que o cachorro possa ficar doente pelo coronavírus humano.
Ao mesmo tempo, o vírus que acomete os cães e causa doença no aparelho digestório não acomete as pessoas. Para ser infectado, o cão saudável precisa entrar em contato com o vírus em um ambiente contaminado ou até mesmo ao compartilhar potes de água e de alimento com outro animal que esteja com a doença.
É possível também que a transmissão ocorra pelo contato direto com as fezes de animal doente e até por aerossóis. Por isso, em locais nos quais há uma aglomeração maior de animais, se houver um peludo doente, a transmissão acontece rapidamente, já que os pets dividem o ambiente e utensílios.
Sinais clínicos da coronavirose canina
O vírus que causa a coronavirose canina entra no organismo do animal e se instala no trato gastrintestinal. É muito difícil que ele acometa outros órgãos. Uma vez que o vírus esteja no intestino do pet, ele destrói as vilosidades intestinais e faz com que o intestino tenha o seu epitélio descamado.
Quando isso acontece, a absorção de nutrientes, vindos da ingestão de alimentos, torna-se ineficiente. Além disso, dependendo da lesão causada, nem a água consegue ser absorvida. O resultado dessa ação é a diarreia.
Por isso, muitas vezes essa doença é confundida com a parvovirose, pois os sinais clínicos iniciais são muito semelhantes. Além da diarreia, o animal pode apresentar os seguintes sintomas:
- Caquexia;
- Apatia;
- Vômito;
- Desidratação,
- Hematoquezia (sangramento no intestino, que pode ser visto como sangue vivo nas fezes).
Esse quadro é preocupante em qualquer animal, mas em filhotes os quadros tendem a ser mais graves. Quando o tratamento não é feito rapidamente, os problemas tendem a evoluir, e o cachorrinho pode morrer.
Por outro lado, algumas vezes, cães adultos que não receberam o tratamento adequado tornam-se portadores crônicos. Quando isso acontece, esses animais, embora já não apresentem nenhum sinal clínico, continuam eliminando o vírus nas fezes. Assim, contaminam o ambiente e podem transmitir para outros pets.
Diagnóstico da coronavirose canina
Se o pet apresentar qualquer sinal clínico, ele deve ser levado ao médico-veterinário. O profissional irá examiná-lo e confirmar o histórico, mas também poderá solicitar alguns exames, para que possa ter certeza do diagnóstico. Dentre os exames comumente pedidos estão:
- Hemograma e leucograma;
- Teste de Elisa (para detectar a doença),
- Teste rápido de parvovirose, para o diagnóstico diferencial.
Tratamento
A coronavirose canina pode ser curada desde que o tratamento comece rapidamente, e a prescrição feita pelo médico-veterinário seja totalmente seguida. Não existe um medicamento que seja usado para matar o vírus causador da coronavirose canina.
Por isso, o tratamento é suporte e visa controlar os sinais clínicos. Para isso, é comum que o médico-veterinário administre a fluidoterapia (soro na veia) para hidratar o animal e repor os eletrólitos que ele está perdendo na diarreia.
Além disso, a administração de antieméticos e protetores gástricos para controlar o vômito costuma ser indicada. Dependendo do caso, a terapia nutricional parenteral (aplicação de nutrientes pela veia) pode ser necessária. A administração de antibióticos para controlar a multiplicação de bactérias oportunistas também é usada.
Além disso, para ajudar a equilibrar a microbiota intestinal, muitas vezes o profissional indica a administração de probióticos. A coronavirose canina pode ser curada, e a melhora pode ser notada nos primeiros dias em animais adultos. Em filhotes o quadro costuma ser mais delicado.
Embora o fato de saber que a coronavirose canina tem cura possa deixar o tutor mais aliviado, o melhor a ser feito é evitar que o pet seja acometido pela doença. Para isso, converse com o médico-veterinário do peludo para que ele possa aplicar a vacina contra coronavirose canina e deixar o pet protegido.
Apesar da diarreia ser o principal sinal clínico da coronavirose canina, ela também pode ser sintoma de outras doenças. Conheça algumas.
Aqui você encontra artigos incríveis sobre saúde e cuidados que podem ajudar a melhorar o bem-estar de seu bichinho de estimação, seja qual for a espécie do pet. Afinal de contas, o nosso instinto é cuidar!
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