Com o avanço da medicina veterinária, a cirurgia em gatos ficou mais segura. Diversos são os motivos para realizar esse tipo de procedimento na espécie, mas os cuidados pré-cirúrgicos são muito semelhantes.
Um paciente idoso requer mais atenção do que um adulto. Por isso, neste tipo de paciente, os exames serão mais detalhados, em busca de lesões senis principalmente no coração, rins e fígado.
Gatos de raças braquicefálicas podem ter estreitamento da luz da traqueia. Caso tenham uma depressão respiratória importante, a intubação tende a ser dificultosa, e isso pode ser fatal. Por isso, exames de imagem são indispensáveis.
Animais com excesso de peso apresentam alterações inflamatórias importantes, mudanças nos fatores de coagulação e disfunções hepáticas pela deposição de gordura no órgão, o que afeta sobremaneira o metabolismo das drogas anestésicas.
Animais que apresentam enfermidades renais, endócrinas, cardíacas ou hepáticas têm o metabolismo dos medicamentos anestésicos afetado. Isso compromete a vida do felino que vai passar por um procedimento anestésico e cirúrgico.
O cuidado pré-operatório envolve principalmente o exame físico e pré-anestésico realizado no animal, para que ele passe pelo processo de anestesia e cirurgia com mais segurança. O objetivo desses exames é detectar possíveis alterações que aumentam o risco da cirurgia para o animal.
O exame físico do paciente é o início dos cuidados que devem ser realizados antes da cirurgia em gatos. É nessa fase do processo que o veterinário irá determinar quais exames ele vai solicitar após avaliar alguns parâmetros vitais, como:
O estado de hidratação do gato é avaliado pela prova do turgor da pele, brilho dos olhos e das mucosas oral e ocular, e pelo tempo de preenchimento capilar, observado pela compressão da gengiva e retorno da coloração ao normal após a descompressão.
As mucosas dos gatos são avaliadas pela visualização das mucosas ocular, oral e genital. A coloração normal dessas mucosas é rosada, e elas devem estar brilhantes e livres de feridas.
Os linfonodos, gânglios linfáticos ou ínguas devem ser palpados e avaliados quanto ao tamanho ou presença de dor. Quando estão aumentados de tamanho, podem indicar neoplasia linfática, inflamação ou infecção.
Ao auscultar o coração e o pulmão do gato, o veterinário pode suspeitar de alguma doença nesses órgãos, caso perceba sons diferentes do normal. Assim, exames de imagem são necessários para o correto diagnóstico.
Ao palpar o abdômen do gato, o veterinário avalia os órgãos abdominais para detectar principalmente o aumento de volume anormal em algum desses órgãos. Ao palpar a tireoide, a busca é pelo aumento anormal dessa glândula.
A aferição da temperatura retal deve estar entre 37,5º C e 39,2º C. Temperaturas maiores podem indicar infecção. Temperaturas mais baixas podem indicar desidratação, doença renal e choque nos casos mais graves.
O hemograma é um exame de sangue que fornece informações sobre o estado geral do gato. Detecta alterações como anemias, doenças hemoparasitárias, infecções e trombocitopenia, que pode causar sangramentos, o que aumenta o risco cirúrgico.
O fígado é o órgão responsável por metabolizar a maioria dos medicamentos usados durante a cirurgia em gatos. Com isso, avaliar sua função é necessário para que o animal fique bem durante e após a cirurgia.
O rim é o órgão responsável pela filtração, inativação e excreção dos medicamentos utilizados para a realização da anestesia e da cirurgia em gatos. Então, verificar que seu funcionamento está normal é importante para o bem-estar do animal.
O exame de urina complementa a avaliação da função renal do paciente. A coleta geralmente é feita no laboratório, por meio da cistocentese, método que coleta a urina diretamente da bexiga do gato.
Esses exames avaliam como o coração do gato está. O eletrocardiograma verifica a atividade elétrica do órgão. O ecodopplercardiograma é um ultrassom e vai demonstrar possíveis alterações anatômicas e no fluxo de sangue do coração.
Outros exames de imagem, como raio-x de tórax ou o ultrassom abdominal, podem ser solicitados caso o médico-veterinário julgue ser necessário para confirmar ou descartar alguma alteração observada no exame físico ou nos exames de sangue e urina.
Para a realização da cirurgia, é preciso que o gato faça jejum alimentar e hídrico. O tempo desses jejuns vai depender da idade e peso do animal, além da temperatura ambiente. Geralmente, o alimentar é de 8 a 12 horas, e o hídrico, de 4 a 6 horas antes da cirurgia.
Providencie o que o médico-veterinário solicitar para a proteção da ferida cirúrgica. Essa proteção vai depender da localização da cirurgia. O colar elizabetano é o menos indicado para gatos.
Após a cirurgia, mantenha seu gato em algum cômodo tranquilo, onde não tenha como ele subir em nada. Deixe comida e água disponíveis, mas não o force a comer ou beber. Forneça os medicamentos e curativos receitados pelo veterinário.
Esses são os cuidados básicos para que a cirurgia em gatos seja um sucesso. Caso seu bichano precise desse procedimento, pode contar com o Hospital Veterinário Seres. Procure-nos e surpreenda-se!
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