O carrapato-estrela tem um formato bem diferente dos que comumente parasitam os cães. Entretanto, é importante que os donos de pets o conheçam, pois ele é um dos transmissores da Rickettsia rickettsii, a bactéria que causa a febre maculosa em humanos e que pode acometer os peludos também! Veja como isso acontece!
Há muitos tipos de carrapatos, mas um deles é especialmente temido pelas pessoas. Trata-se do Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela.
Muito desse medo se deve ao fato de o carrapato-estrela transmitir a bactéria causadora da febre maculosa, que também é popularmente conhecida como doença do carrapato-estrela. No Brasil, é considerada a principal zoonose transmitida por carrapatos.
Os carrapatos são aracnídeos ectoparasitas e estão subdivididos em mais de 800 espécies hematófagas, ou seja, dependem do sangue de outros seres para sobreviver. Isso faz com que o hábito alimentar deles seja perigoso para animais e pessoas, já que podem transmitir vírus, bactérias e protozoários pela picada.
Embora esse parasita seja mais comumente encontrado em capivaras, é possível identificar o carrapato-estrela em cachorros, gatos, cavalos e bois. Essa variação se dá devido ao ciclo de vida do parasita!
O A. cajennense é um trioxeno, o que significa que ele precisa de três hospedeiros para completar o ciclo de vida de ovo a adulto. Em uma das vezes nas quais os carrapatos sobem em um hospedeiro, acontece o acasalamento.
Assim que isso acontece, a fêmea permanece no hospedeiro por pelo menos, dez dias, para que possa se alimentar. Nessa fase, o carrapato-estrela tem tamanho máximo de uma jabuticaba ou mamona pequena.
Durante esse período, a fêmea do carrapato-estrela aproveita as proteínas das células do sangue do animal para formar os ovos, antes de se desprender da pele. Uma vez fora do hospedeiro, a fêmea coloca até 8.000 ovos durante 25 dias. Quando a postura termina, a fêmea morre.
O tempo que os ovos levam para eclodir varia de acordo com a temperatura. Entretanto, isso leva, em média, um mês para acontecer em épocas mais quentes e até 80 dias para ocorrer em períodos frios.
Dos ovo, saem as larvas hematófagas, ou seja, além da picada de carrapato-estrela adulto, os animais são parasitados por larvas. Esse tipo de carrapato-estrela também é conhecido como micuim e pode ficar sem comer por seis meses, esperando um hospedeiro.
Ao conseguirem um hospedeiro, as larvas passam a sugar o sangue por aproximadamente cinco dias. Alimentadas, elas voltam para o chão, onde ficam mais um mês até virarem ninfas e repetirem a caçada ao hospedeiro aleatório.
Quando encontram o hospedeiro, sugam o sangue dele por mais cinco dias e voltam para o chão, onde demoram um mês para virarem adultas. Nessa fase, eles ficam por dois anos sem se alimentar até achar o próximo hospedeiro, acasalar e reiniciar o ciclo.
Em média, o A. cajennense completa um ciclo de vida por ano. As fases se dividem bem ao longo dos meses. As larvas são mais comuns na pastagem de abril a julho. Já as ninfas, de julho a outubro, enquanto os adultos, de outubro a março.
Muitos acham que a doença é causada pelo carrapato-estrela, mas, na verdade, ela é causada por uma bactéria e transmitida pelo aracnídeo. Para que essa transmissão ocorra, o carrapato ingere a bactéria Rickettsia rickettsii ao se alimentar do sangue de um equino ou de uma capivara contaminados, por exemplo.
Quando o carrapato ingere a bactéria, ela permanece no corpo dele durante o ciclo. Além disso, a fêmea passa o microrganismo para os ovos. Assim, vários parasitas são infectados e podem transmitir a bactéria para o hospedeiro quando se alimentam.
A doença do carrapato-estrela em cachorros tem sintomas muito semelhantes aos da erliquiose. Provavelmente por isso, a febre maculosa é confundida com a erliquiose e acaba sendo pouco diagnosticada. No entanto, em humanos, a enfermidade caracteriza-se por:
Tudo isso começa subitamente e, quando a pessoa não recebe o tratamento adequado, pode morrer em pouco tempo. Esse é o maior desafio para os médicos: detectar a doença rapidamente, já que os sintomas iniciais são inespecíficos.
As manchas pelo corpo, por exemplo, às vezes, não aparecem ou surgem muito tardiamente em alguns pacientes. Se diagnosticada rapidamente e tratada com antibiótico nos três dias iniciais de manifestações clínicas, a doença do carrapato-estrela tem cura.
No entanto, depois que a bactéria se espalha pelas células que formam os vasos sanguíneos, o caso pode se tornar irreversível. Ainda hoje, de cada dez pessoas que contraem febre maculosa, duas a quatro morrem por causa da doença.
Carrapato-estrela: como matar? Há alguns medicamentos pour on ou orais que podem ser usados nos cães de acordo com a orientação do médico-veterinário. Assim, você evita a proliferação e a picada de carrapato-estrela.
Além disso, para quem for a um local em que há equinos ou capivaras, é indicado ter os seguintes cuidados:
Se, mesmo assim, notar algum sintoma da doença de carrapato-estrela, procure atendimento médico. No caso de tutores de cachorro, é sempre importante verificar a existência de carrapatos pelo corpo do animal. Uma boa solução é usar antiparasitários apropriados, além de consultar o veterinário.
Embora a febre maculosa seja uma doença muito temida, ela não é a única cujo agente causal é transmitido pela picada do carrapato. Conheça outras e veja como evitar!
Embora haja muitas histórias lindas de amizade entre cães e gatos, a grande maioria desses…
Ter um coelho de estimação é sempre divertido, pois esses pets são realmente muito especiais.…
Os gatos já são animaizinhos conhecidos por não gostarem de beber muita água. Esse mau…
Um cachorro com manchas vermelhas na barriga é motivo de preocupação para muitos pais e…
É normal vermos os felinos se lambendo quase o dia todo, pois são animais muito…
Quando o tutor encontra o gato com a pata inchada, já tem a certeza de…