A bartonelose é uma doença que acontece no mundo todo e pode acometer pessoas. Embora seja popularmente ligada aos gatos, também pode afetar cães. Saiba tudo o que precisa sobre ela!
Talvez você já tenha até ouvido falar em bartonelose, mas a conheça como doença da arranhadura do gato, como é popularmente conhecida. Ela é causada por uma bactéria que pertence ao gênero Bartonella.
Há várias espécies dessa bactéria que têm potencial zoonótico, ou seja, que podem ser transmitidas do animal para o homem. Contudo, uma das consideradas de maior importância é a espécie Bartonella henselae.
Ela acomete principalmente os bichanos e, quando presente em cães, esses são considerados hospedeiros acidentais. Por isso, popularmente, a bartonelose acabou se tornando conhecida como a doença da arranhadura do gato.
A transmissão da bartonelose em gatos se dá por meio de contato com as fezes ou a saliva das pulgas que estejam infectadas. Quando o gatinho tem algum arranhão ou feridinha no corpo, pega pulga, e essa pulga tem a Bartonella, a bactéria pode aproveitar essa pequena lesão para entrar no organismo do bichano.
Já a bartonelose felina em humanos é transmitida por meio de mordidas e arranhões de gatinhos que tenham sido infectados pela bactéria. É por isso que as pessoas que têm mais chance de ter a doença da arranhadura do gato são as que têm contato direto com esse animal, como os tutores ou médicos-veterinários.
Muitas vezes, o bichano tem a bactéria causadora da doença da arranhadura do gato, mas não apresenta nenhum sinal clínico. Dessa forma, o tutor nem sabe. Porém, quando ele morde ou arranha uma pessoa, a transmissão da bactéria acaba acontecendo.
A bacteremia (circulação da bactéria no sangue) é mais frequente em gatos jovens e filhotes. Uma vez que o felino seja infectado, ele pode permanecer no estado de bacteremia por até 18 semanas de idade.
Depois disso, o animal apresenta anticorpos contra essa bactéria, mas já não costuma ter a presença dela na circulação sanguínea. É por isso que, comumente, casos nos quais a pessoa é diagnosticada com bartonelose, ela relata que teve ou tem contato com filhotes de gatos.
Se o bichano teve contato com a saliva ou as fezes de uma pulga infectada, ele pode desenvolver ou não sinais da bartonelose. Caso ele adoeça, poderão ser identificados sinais clínicos variados como, por exemplo:
O diagnóstico da bartonelose felina será feito por meio dos dados informados pelo tutor durante a anamnese, pelos sinais clínicos apresentados e resultado do exame clínico.
Além disso, é possível realizar coleta de sangue para realizar exames que possam confirmar o diagnóstico, como o PCR (busca pelo material genético da bactéria), por exemplo. O médico-veterinário também poderá solicitar outros exames, que ajudarão tanto a confirmar o diagnóstico, quanto a avaliar o estado de saúde do pet.
Embora não exista um medicamento específico para bartonelose em gatos, o tratamento costuma ser feito visando controlar os sinais clínicos. Além disso, a administração de antibióticos de amplo espectro é frequentemente prescrita pelo médico-veterinário.
Como a pulga tem um papel importante na transmissão, para a prevenção da doença é importante controlar a presença desse parasita. Para isso, o tutor pode conversar com o médico-veterinário do felino, para que ele possa indicar um medicamento adequado.
Além disso, o controle da pulga no ambiente é essencial. Para isso, além da aplicação de inseticidas apropriados, é preciso manter tudo limpo.
Assim como as pulgas, os carrapatos também devem ser controlados. Você sabia que eles podem transmitir doenças para os animais? Conheça algumas!
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