Bartonelose: conheça mais sobre essa zoonose
Publicado pela Equipe SERES | 18 setembro 2020
A bartonelose é uma doença que acontece no mundo todo e pode acometer pessoas. Embora seja popularmente ligada aos gatos, também pode afetar cães. Saiba tudo o que precisa sobre ela!
O que causa a bartonelose?
Talvez você já tenha até ouvido falar em bartonelose, mas a conheça como doença da arranhadura do gato, como é popularmente conhecida. Ela é causada por uma bactéria que pertence ao gênero Bartonella.
Há várias espécies dessa bactéria que têm potencial zoonótico, ou seja, que podem ser transmitidas do animal para o homem. Contudo, uma das consideradas de maior importância é a espécie Bartonella henselae.
Ela acomete principalmente os bichanos e, quando presente em cães, esses são considerados hospedeiros acidentais. Por isso, popularmente, a bartonelose acabou se tornando conhecida como a doença da arranhadura do gato.
A transmissão da bartonelose em gatos se dá por meio de contato com as fezes ou a saliva das pulgas que estejam infectadas. Quando o gatinho tem algum arranhão ou feridinha no corpo, pega pulga, e essa pulga tem a Bartonella, a bactéria pode aproveitar essa pequena lesão para entrar no organismo do bichano.
Já a bartonelose felina em humanos é transmitida por meio de mordidas e arranhões de gatinhos que tenham sido infectados pela bactéria. É por isso que as pessoas que têm mais chance de ter a doença da arranhadura do gato são as que têm contato direto com esse animal, como os tutores ou médicos-veterinários.
Gatos nem sempre desenvolvem a doença
Muitas vezes, o bichano tem a bactéria causadora da doença da arranhadura do gato, mas não apresenta nenhum sinal clínico. Dessa forma, o tutor nem sabe. Porém, quando ele morde ou arranha uma pessoa, a transmissão da bactéria acaba acontecendo.
A bacteremia (circulação da bactéria no sangue) é mais frequente em gatos jovens e filhotes. Uma vez que o felino seja infectado, ele pode permanecer no estado de bacteremia por até 18 semanas de idade.
Depois disso, o animal apresenta anticorpos contra essa bactéria, mas já não costuma ter a presença dela na circulação sanguínea. É por isso que, comumente, casos nos quais a pessoa é diagnosticada com bartonelose, ela relata que teve ou tem contato com filhotes de gatos.
Sinais clínicos
Se o bichano teve contato com a saliva ou as fezes de uma pulga infectada, ele pode desenvolver ou não sinais da bartonelose. Caso ele adoeça, poderão ser identificados sinais clínicos variados como, por exemplo:
- Apatia (moleza, desinteresse);
- Febre;
- Anorexia (para de comer);
- Mialgia (dor muscular);
- Estomatite (inflamação na mucosa oral);
- Anemia;
- Perda de peso;
- Uveíte (inflamação na íris — olho);
- Endocardite (problema no coração);
- Aumento no tamanho dos linfonodos;
- Arritmia (alteração no ritmo do batimento do coração),
- Hepatite (inflamação no fígado).
Diagnóstico
O diagnóstico da bartonelose felina será feito por meio dos dados informados pelo tutor durante a anamnese, pelos sinais clínicos apresentados e resultado do exame clínico.
Além disso, é possível realizar coleta de sangue para realizar exames que possam confirmar o diagnóstico, como o PCR (busca pelo material genético da bactéria), por exemplo. O médico-veterinário também poderá solicitar outros exames, que ajudarão tanto a confirmar o diagnóstico, quanto a avaliar o estado de saúde do pet.
Tratamento e prevenção
Embora não exista um medicamento específico para bartonelose em gatos, o tratamento costuma ser feito visando controlar os sinais clínicos. Além disso, a administração de antibióticos de amplo espectro é frequentemente prescrita pelo médico-veterinário.
Como a pulga tem um papel importante na transmissão, para a prevenção da doença é importante controlar a presença desse parasita. Para isso, o tutor pode conversar com o médico-veterinário do felino, para que ele possa indicar um medicamento adequado.
Além disso, o controle da pulga no ambiente é essencial. Para isso, além da aplicação de inseticidas apropriados, é preciso manter tudo limpo.
Assim como as pulgas, os carrapatos também devem ser controlados. Você sabia que eles podem transmitir doenças para os animais? Conheça algumas!
Aqui você encontra artigos incríveis sobre saúde e cuidados que podem ajudar a melhorar o bem-estar de seu bichinho de estimação, seja qual for a espécie do pet. Afinal de contas, o nosso instinto é cuidar!
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