Como é feito o tratamento de AVC em cães?

Publicado pela Equipe SERES | 13 setembro 2021

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O AVC em cães pode ser isquêmico ou hemorrágico. Nos dois casos, o quadro é delicado. Afinal, a chegada de oxigênio e glicose no cérebro é comprometida. Veja como acontece e quais são os possíveis tratamentos.

cachorro tristonho

O que é AVC em cães?

O cérebro é composto por várias células nervosas e também é muito irrigado, ou seja, tem muitos vasos sanguíneos. Esses vasinhos são os responsáveis por levar nutrientes e oxigênio para o local. Uma vez que o AVC em cachorro acontece, um ou mais desses vasos sanguíneos sofrem alguma lesão ou alteração.

Dessa forma, a área que receberia o oxigênio e demais componentes transportados pelo sangue ficam sem esse suporte, que é essencial para que o tecido continue vivo. É assim que ocorrem as sequelas quando o cachorro tem AVC.

Em suma, o AVC em cães resulta na deficiência da circulação do sangue em determinada área do cérebro. Ele pode ocorrer de duas formas:

  • AVC isquêmico: acontece quando o vaso sofre uma oclusão, que impede a chegada de sangue com glicose e oxigênio ao cérebro;
  • AVC hemorrágico (derrame em cachorro): ocorre quando a parede do vaso que leva o sangue para o cérebro se rompe. O resultado é um sangramento no local e não chegada de sangue com glicose e oxigênio ao cérebro.

O problema é que o cérebro precisa constantemente de glicose e oxigênio para funcionar. Quando ele não recebe o suprimento adequado, pode sofrer consequências funcionais.

É por isso que o AVC em cães é uma doença tão delicada. Quando ela acontece, as funções do cérebro do peludo podem ficar comprometidas. Isso pode causar impactos nas áreas sensoriais e motoras, ou seja, na qualidade de vida do pet.

Por que o AVC em cães acontece?

Embora não seja possível determinar um único motivo para que o acidente vascular cerebral ocorra, há algumas situações que aumentam as chances de o AVC acontecer. No caso do isquêmico, ele pode estar relacionado a:

  • Embolias sépticas, decorrentes da presença de abscesso ou infecções;
  • Embolias neoplásicas;
  • Aterosclerose;
  • Embolias gordurosas;
  • Verme do coração (Dirofilaria immitis);
  • Coágulos.

Já o AVC em cães idosos ou jovens resultantes de hemorragia cerebral pode ser decorrente de:

  • Traumas;
  • Picos de pressão arterial;
  • Tumores e má-formação vascular, entre outros.

Sinais clínicos de AVC em cães

Os sintomas de AVC em cachorro podem variar de acordo com o vaso afetado. Também variam em relação ao tamanho da lesão e à localização. No caso do hemorrágico, o calibre e tamanho dos vasos influenciam nos sinais clínicos, pois vasos mais calibrosos irrigam grande partes do cérebro. Assim, entre as manifestações que podem ser notadas estão:

  • Incoordenação;
  • Apatia/depressão;
  • Convulsão;
  • Desmaio;
  • Paresia/ tetraparesia;
  • Alterações de comportamento;
  • Andar compulsivo ou em círculo;
  • Head pressing (animal pressiona a cabeça contra objetos ou paredes).

cão idoso passeando

Como é feito o diagnóstico do AVC em cães?

Caso o tutor note um ou mais sinais de AVC em cachorro, deve levá-lo imediatamente ao médico-veterinário. Esse é um caso de emergência, que requer atendimento o mais rápido possível. 

Chegando à clínica, o médico-veterinário examinará o animal e avaliará o estado geral do pet. Além disso, será preciso realizar exames complementares, que ajudarão tanto a fechar o diagnóstico quanto a avaliar a lesão cerebral. Entre eles: 

  • Ressonância magnética;
  • Análise de líquor;
  • Hemograma completo;
  • Urinálise simples;
  • Ecocardiograma;
  • Eletrocardiograma;
  •  Avaliação da pressão arterial sistêmica.

Tratamento

O AVC em cães requer tratamento emergencial. Por isso, quase sempre os primeiros procedimentos são feitos antes mesmo da realização dos exames complementares. Assim, quando o tutor chega com o pet na clínica, o médico-veterinário primeiro faz os procedimentos necessários para estabilizar o animal (administra medicações, fornece oxigênio, entre outros).

Na sequência, ele o monitora e realiza tudo o que for preciso para manter os sinais vitais estáveis. Como não há uma medicação específica, que seja capaz de resolver o problema, o tratamento inicial será voltado para evitar complicações. 

Depois disso, o peludo que sofreu o AVC terá que ficar internado por, no mínimo, 48 horas. Nesse período, ele terá os sinais vitais monitorados e receberá o suporte medicamentoso necessário.

Medicação

A medicação administrada pelo médico-veterinário vai variar muito de acordo com o quadro clínico do animal. No geral, podem ser usados vasodilatadores cerebrais, anti-inflamatórios, vitaminas do complexo B, anticonvulsivantes, diuréticos e antioxidantes.

Nem sempre que ocorre o AVC em cães a vida do animal pode ser preservada. Quanto antes o tutor levar o peludo para ser examinado, maiores são as chances de ele se recuperar.

cão idoso ao lado do tutor

Por falar em exames, você sabe quais são os mais comuns em cães? Conheça

Aqui você encontra artigos incríveis sobre saúde e cuidados que podem ajudar a melhorar o bem-estar de seu bichinho de estimação, seja qual for a espécie do pet. Afinal de contas, o nosso instinto é cuidar!

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