Anestesia para cachorro: uma questão de bem-estar animal
Publicado pela Equipe SERES | 18 abril 2022
Atualmente, com os avanços tecnológicos, cada vez mais procedimentos veterinários são realizados nos animais. Por isso, a anestesia para cachorro é essencial para o pet não sentir dor nem se mexer durante esses momentos.
Seja para uma cirurgia de muitas horas, seja para uma biópsia de alguns minutos, a anestesia é necessária e deve ser amplamente utilizada para minimizar o estresse e a dor dos animais, visando o bem estar animal. Por outro lado, muitos tutores temem os riscos da anestesia.
É verdade que existem, mas, através da realização avaliação pré-anestésica, da grande variedade de técnicas, equipamentos e medicamentos à disposição do veterinário anestesista, tais riscos são minimizados.
Além disso, anestesiar o cão requer exames prévios para classificar o pet de acordo com a Associação Americana de Anestesiologia. Esta associação classifica o animal de acordo com as patologias e indica com quais riscos o profissional está lidando. Desta maneira, ele pode planejar e escolher a melhor técnica anestésica para o paciente.
Tipos de anestesia
Para cada situação a que o animal será submetido, existem vários tipos de anestesia para cachorro. Por isso, vamos resumidamente apresentar as divisões dos principais tipos de anestesia disponíveis.
Divisão quanto ao plano anestésico
Anestesia geral
Neste caso, o paciente fica totalmente inconsciente, o que suprime a dor e o estresse do procedimento e é utilizada na das cirurgias. Após o planejamento adequado do procedimento anestésico, o médico veterinário anestesista escolherá o melhor protocolo anestésico, a fim de proporcionar os quatro pilares da anestesia geral:
- inconsciência;
- relaxamento muscular total;
- Analgesia;
- Funções vitais mantidas sem auxílio de aparelhos, mesmo inconsciente.
Anestesia local
Neste tipo de anestesia, o animal fica consciente, porém com o bloqueio sensitivo do local que sofrerá pequenos procedimentos pouco invasivos. O anestésico local pode ser aplicado na forma de pomadas, géis e sprays sobre a pele, ou injetado na pele e no tecido subcutâneo e agirá somente na região aplicada.
Anestesia locorregional
Esta modalidade anestésica utiliza medicamentos que bloqueiam a transmissão de estímulos para o sistema nervoso central, proporcionando bloqueio motor e sensitivo de uma região específica.
Frequente é associada à uma leve sedação ou anestesia geral, o que possibilita menor profundidade nos planos anestésicos, além de gerar melhor controle de dor ao paciente durante o procedimento cirúrgico e também na recuperação anestésica.
Divisão quanto à via de administração
Anestesia injetável
A anestesia para cachorro injetável é administrada pela via intravenosa ou intramuscular do paciente. É bastante utilizada devido ao baixo custo, principalmente em procedimentos rápidos e pouco invasivos.
Uma vez aplicado no animal, o fármaco é absorvido pela corrente sanguínea sanguínea e produzirá seu efeito em sistema nervoso central gerando o estado de anestesia ao animal.
Os fármacos aplicados manterão os efeitos até serem totalmente metabolizados. Por isso, o tempo de recuperação anestésica nesta modalidade costuma ser longo e ter mais efeitos colaterais, como alucinações, vômitos e perda temporária do apetite.
Anestesia inalatória
A anestesia inalatória para cachorro é administrada ao animal através do uma sonda inserida pela cavidade oral até a traqueia do paciente. Através do próprio processo de respiração do animal, o anestésico inalatório em conjunto com o oxigênio medicinal, atinge os pulmões do animal, é absorvido e produzirá o estado de anestesia geral.
Para a realização da intubação endotraqueal, o animal passará pelo procedimento de indução anestésica, através da aplicação de um anestésico geral pela via intravenosa de rápido efeito, proporcionando relaxamento intenso e inconsciência abolindo desta maneira, qualquer forma de desconforto neste procedimento.
É considerada mais segura que a anestesia injetável, pois o anestésico inalatório utiliza o próprio metabolismo pulmonar para absorção e eliminação do fármaco, enquanto na modalidade de anestesia injetável necessita de biotransformação hepática.
Assim, os efeitos cessam minutos após o término do fornecimento do anestésico inalatório para o animal. A anestesia inalatória permite que o anestesista tenha maior controle sobre os efeitos e o plano anestésico.
Outro benefício desta modalidade é o menor tempo de recuperação anestésica comparada à modalidade injetável, além da grande vantagem de trazer menos efeitos colaterais ao cão.
Vale ressaltar que é a modalidade de escolha para animais que têm algum problema no coração ou no fígado, são obesos ou idosos, e para cães braquicefálicos, de focinho mais curto, como Buldogue, Shih Tzu, Lhasa Apso e o Pug.
Riscos anestésicos
O risco de anestesia em cães é existente durante todo o processo anestésico. Por isso, os exames pré-anestésicos são uma etapa importante do planejamento anestésico do paciente, além da monitorização do animal durante os períodos pré, trans e pós operatório.
Além disso, o preparo do profissional especializado é essencial para tomar decisões e contornar problemas que surjam durante a anestesia para o animal, o que também minimiza o risco para o paciente.
Pacientes adultos com doenças, principalmente as cardíacas, idosos, muito filhotes e obesos tendem a apresentar maior risco anestésico que outros cachorros saudáveis.
A anestesia em cães pode matar se não for feita da forma correta. Sem a analgesia, a inconsciência adequada ou a monitoração das funções vitais, ela pode levar a problemas no pós-operatório imediato ou a longo prazo.
Então, qual é a opção mais segura?
Comparando somente a via de administração da anestesia, a inalatória é mais segura. É a anestesia para cachorro idosos mais usada, o que não quer dizer que está isenta de riscos. Quanto maior for o tempo anestésico, maior é o risco para o paciente. Desta forma, o anestesista preconiza associar técnicas e modalidades anestésicas proporcionando uma anestesia balanceada a fim de aumentar a segurança e efetividade do procedimento.
Diante de tudo que foi explicado, é possível perceber a importância do exame pré- anestésico e da escolha, por parte do profissional, da melhor modalidade anestésica para cada paciente e tipo de cirurgia.
Por isso, a anestesia em cães deve ser feita por veterinários especializados, como os profissionais da Seres. Aqui, você encontra anestesistas e muitos outros. Conte sempre conosco para cuidar do seu amigo!
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