Fecaloma em gatos: veja dicas para evitar esse problema
Publicado pela Equipe SERES | 23 julho 2020
Seu bichano está com dificuldade para defecar? Então, saiba que esse é um dos sinais clínicos que podem sugerir um quadro de fecaloma em gatos. Descubra o que é, o que fazer e como evitar esse problema!
O que é fecaloma em gatos?
Embora o nome possa parecer um pouco diferente, fecaloma felino nada mais é do que o cocô que fica ressecado e preso no intestino. Dependendo do caso, o seu animal de estimação poderá precisar de ajuda para que consiga defecar.
Há várias causas para a formação de fecaloma em gatos. Uma delas, que, por sinal, é frequente, é a alimentação incorreta. Embora esses pets sejam carnívoros, eles precisam ingerir uma quantidade adequada de fibras.
Quando o tutor tenta dar ao bichano uma alimentação caseira sem ser balanceada, muitas vezes essa ingestão de fibras acaba sendo menor do que o necessário. Se isso acontecer, há maiores chances da formação de fecaloma.
Sem a quantidade de fibras adequada, as fezes podem se acumular no intestino grosso, onde perdem água e endurecem. Além da falta de fibras, outro problema frequente e que pode resultar na formação de fecaloma felino é a baixa ingestão de água.
Os gatinhos costumam ser exigentes nesse quesito. Eles gostam de água bem limpa e fresca. Quando não a encontram, muitas vezes acabam ingerindo menos quantidade de líquido do que o necessário.
Como a água é essencial para a formação do bolo fecal, se ela não é consumida adequadamente, há maiores chances de o bichano ter as fezes ressecadas e retidas.
Há ainda os que deixam de fazer cocô por causa da caixa de areia estar suja. Se ela não for limpa corretamente, o felino não vai querer usá-la, evitando defecar. Com isso, aumentam as chances de ocorrer um fecaloma felino.
Outras causas da formação de fecaloma
Além dos problemas de manejo nutricional e higiênico, há outras causas que podem predispor à formação de fecalomas em gatos. Entre elas:
- Diabetes ou insuficiência renal;
- Dor articular, que resulte em dificuldade de ficar na posição adequada para defecar;
- Doenças neuromusculares e déficit de cálcio;
- Traumatismos;
- Tricobezoares — bolas formadas por pelos, que se acumulam no intestino e são ingeridos durante a higienização natural dos gatos;
- Obstrução devido à presença de tumor;
- Fratura pélvica;
- Presença de corpo estranho que possa estar obstruindo a passagem do bolo fecal.
Todos esses problemas podem levar ao acúmulo de fezes no intestino grosso, com posterior ressecamento e formação do fecaloma felino. Essas possíveis causas precisarão ser investigadas, para que o melhor protocolo de tratamento seja estabelecido pelo médico-veterinário.
Sinais clínicos e diagnóstico
O tutor poderá notar que o animal está indo diversas vezes até a caixa de areia, mas não consegue defecar. Ao limpá-la, é possível notar a ausência de fezes, e isso deverá servir como um alerta de que algo não está bem.
Alguns animais chegam a chorar ao tentarem defecar, o que sugere dor. Além disso, mesmo que o tutor note que há a presença de fezes, mas que elas estão em pequenas quantidades e duras, ele deve levar o pet ao médico-veterinário. Afinal, isso é sinal de que algo não está bem e pode ser um dos sintomas de fecaloma.
Dessa forma, podemos citar entre os principais sinais clínicos de fecaloma em gatos:
- Tenesmo — espasmo do esfíncter anal, resultante do gato com dificuldade de fazer cocô;
- Abdome tenso e duro;
- Perda de apetite,
- Vômito — em casos graves.
Ao levar o pet à clínica veterinária, o médico-veterinário vai perguntar sobre o histórico do animal e fazer o exame físico. Muitas vezes, é possível notar que a região abdominal está mais firme e, em alguns casos, durante a palpação, o pet se queixa de dor.
Para fechar o diagnóstico é possível que o profissional solicite um exame radiográfico.
Tratamento
O caso requer tratamento emergencial. A realização de um enema (lavagem intestinal) costuma ser adotada como protocolo inicial. E, muitas vezes, é preciso sedar o gato, para que o procedimento seja feito em segurança.
A fluidoterapia intravenosa (soro) pode ser adotada, visando auxiliar no trânsito das fezes no intestino. Em alguns casos, a administração de laxantes pode ser prescrita pelo médico-veterinário.
Isso vai depender, no entanto, do resultado do exame radiográfico e da existência ou não de corpo estranho ou tumor obstruindo a passagem das fezes.
Quando a constipação é secundária a algum dos problemas de saúde citados anteriormente, a causa primária deverá ser tratada. Por exemplo, no caso do tricobezoar — bola formada por pelos —, o procedimento cirúrgico para a retirada desse corpo estranho pode ser necessário.
Outros cuidados e como evitar
Além do tratamento realizado na clínica veterinária, é possível que o profissional indique alguns cuidados domésticos, para que o pet não volte a sofrer com o mesmo problema de saúde. Entre a ações que podem ajudar a evitar a formação de fecaloma em gatos, estão:
- Garantir água sempre limpa e fresca para o animal;
- Colocar mais de um pote de água pela casa, para estimular o felino a bebê-la;
- Usar fonte de água adequada para gatos;
- Manter a caixa de areia sempre limpa e ter sempre uma para cada gato, mais uma extra. Ou seja, se você tem dois gatos, deve manter três caixas de areia em casa;
- Escovar o animal, para evitar que ele engula muitos pelos ao se higienizar;
- Adequar a alimentação e aumentar a ingestão de fibras. Em alguns casos, a adoção de alimento caseiro, formulado pelo médico-veterinário, poderá ser uma alternativa.
Seja qual for o caso, se você suspeitar de ter visto o gato com dificuldade de fazer cocô, leve-o ao médico-veterinário. A equipe da Seres atende 24 horas. Entre em contato!
Aqui você encontra artigos incríveis sobre saúde e cuidados que podem ajudar a melhorar o bem-estar de seu bichinho de estimação, seja qual for a espécie do pet. Afinal de contas, o nosso instinto é cuidar!
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