Conheça a parvovirose canina e proteja seu filhote dessa doença!
O que é?
Há muitas doenças que acometem os animais de estimação e que são causadas por vírus. Entre elas, algumas têm tratamento difícil e podem levar o animal a óbito. É o caso da parvovirose canina. Trata-se de uma das viroses mais conhecidas e contagiosas que acometem os cães domésticos. Ela tem alta mortalidade em filhotes de seis a oito semanas de idade. No entanto, filhotes de até seis meses são mais suscetíveis. Essa alta mortalidade está relacionada à baixa imunidade materna protetora, à presença de vermes ou protozoários intestinais e ambientes com superlotação e higiene precária. O período de incubação é de 2 a 14 dias, mas, no geral, ocorre entre 4 e 7 dias após a infecção. Na fase de replicação viral há grande diminuição das células de defesa, o que piora o quadro clínico do paciente. Se você está se perguntando se a parvovirose canina é contagiosa para o ser humano, a resposta é não. Fases da doença O agente, ao adentrar o corpo do animal pela mucosa oronasal, se replica na faringe, se dissemina por todo o organismo e afeta diversos órgãos, como baço, timo, medula óssea e intestinos. A viremia ocorre entre o terceiro e o quinto dia da infecção, assim, o vírus já se dissemina no ambiente. A eliminação fecal pode durar mais de dez dias, por isso, é uma enfermidade com alta morbidade. A parvovirose tem cura desde que tratada rapidamente. Existem raças mais predispostas à parvovirose As raças Doberman, Rottweiler, Pitbull, Pastor Alemão e Labrador são mais predispostas a apresentar sintomas mais graves de parvovirose, mas a causa disso ainda não foi bem definida. No entanto, alguns pesquisadores sugerem que a ancestralidade entre o Rottweiler e o Doberman e a maior ocorrência da imunodeficiência genética do Rottweiler podem explicar a incidência maior nessas raças.
Causas
O agente causador da parvovirose canina é o parvovírus canino do tipo II. Ele foi detectado pela primeira vez na década de 70 e chegou ao Brasil na década de 80, em Campinas, São Paulo. Trata-se de um vírus não envelopado, por isso, muito resistente ao meio ambiente e extremamente resistente aos desinfetantes comuns, como o álcool e os detergentes. No entanto, é facilmente inativado pelo hipoclorito de sódio a 2,5% na diluição de 1:30 em água.
Transmissão
A transmissão da parvovirose canina ocorre por via oronasal através do contato com fezes, ambientes e água contaminados e fômites, que são objetos como as roupas da pessoa tratadora do paciente doente e os potes de água e comida.
Sintomas
A falta de apetite e a prostração tendem a ser os primeiros sintomas da parvovirose canina. Entretanto, horas após o tutor notar essas alterações, é possível que o quadro já tenha evoluído. Com isso, é possível perceber uma diarreia intensa com odor muito forte. Esse é um dos principais sintomas de parvovirose em cães. Vômito e febre também costumam estar presentes e, em pouco tempo, o animal se desidrata. Assim, entre os principais sinais clínicos estão: • vômito; • anorexia; • apatia; • diarreia aquosa com ou sem a presença de sangue; • desidratação grave; • perda de peso; • taquicardia; • olhos fundos devido à desidratação intensa; • dor abdominal; • febre; • choque. Em filhotes recém-nascidos e naqueles com até 30 dias de vida pode ocorrer morte súbita por miocardite. No entanto, esse quadro não é frequente, provavelmente pela vacinação dos animais.
Tratamento
O tratamento da parvovirose canina deve ser iniciado imediatamente. Em 24 a 48 horas após os primeiros sintomas de parvovirose em um filhote, o pet pode morrer se não receber o suporte adequado. Entretanto, quando o tratamento tem sucesso, o animal começa a melhorar entre cinco e dez dias. O tratamento da parvovirose é baseado principalmente em manter a hidratação do animal por meio da fluidoterapia. A administração de antieméticos também costuma ser realizada. O uso de antibióticos costuma ser indicado para evitar a ação de bactérias oportunistas. Em alguns casos, a transfusão sanguínea se faz necessária. O animal acometido deve ser mantido separado dos outros animais da casa. Além de dar os remédios para parvovirose canina, é preciso evitar o compartilhamento de casinhas, potes e brinquedos para evitar a disseminação viral. O tutor deve ter muito cuidado e higienizar mãos e sapatos para que não leve o vírus para os demais animais da casa.
Sequelas
As sequelas de parvovirose canina, quando ocorrem, são temporárias. O animal pode ter enteropatia, além de grande perda muscular. Para isso, é comum a prescrição de probióticos e suplementação alimentar para a recuperação.
Prevenção
A melhor maneira de evitar a parvovirose canina é por meio da vacinação com uma das vacinas polivalentes existentes para essa espécie. A data da primeira dose e quantas doses o pet vai receber depende da avaliação do médico-veterinário. Geralmente, a primeira dose ocorre entre 45 e 60 dias de vida, mas existem casos de bebês com 30 dias recebendo a primeira dose da vacina. Depois, a segunda, a terceira e, se necessário, a quarta dose serão aplicadas com intervalo de 21 a 30 dias. O importante é terminar a vacinação com 16 semanas de vida ou mais. Depois, eles devem receber os reforços anualmente. Caso o reforço anual atrase mais que 30 dias, o veterinário pode recomendar duas doses com intervalo de 21 a 30 dias.
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