Provavelmente você já ouviu falar dessa doença em humanos, mas será que existem relatos ou casos de vitiligo em cães? Basicamente, essa é uma situação muito semelhante àquela que afeta os seres humanos e é desconhecida por uma grande parcela da população amante dos animais.
Na prática, o vitiligo canino é uma doença rara, mas pode atingir determinadas raças com maior frequência. Se você, tutor, identificar algumas manchas na pele ou na pelagem de seu amigo pet, com simples alteração na coloração, não se desespere.
É claro que ninguém fica feliz em saber que o animalzinho pode ter algum tipo de doença, por mais simples ou branda que pareça. Contudo, é reconfortante saber que essa alteração não é letal nem vai trazer problemas em relação à saúde e à qualidade de vida de seu amigo fiel.
Conhecer mais sobre essa doença, as causas e possíveis opções de tratamento também é fundamental para ter o devido cuidado com cães que sofrem desse problema. Então, vamos lá.
O cachorro com vitiligo apresentará alterações na coloração, mais precisamente uma despigmentação na pelagem e na pele. Por causar o descoloração destas estruturas é mais perceptível em raças com pigmentação mais evidente (preto e marrom, especialmente).
Você pode perceber o focinho despigmentado, a pele ao redor dos olhos, o nariz e lábios. Caso seja um local piloso (com pelos) observam-se também sinais de despigmentação do pelo. Portanto, com tais características marcantes, os sinais são fáceis de identificar a olho nu.
Existem relatos de descolorações oculares. Isso representa um risco maior à saúde do animal, uma vez que também pode ocasionar cegueira, mas tais casos são ainda mais raros e pouco relatados na literatura científica especializada.
É correto dizer que existem dois tipos de vitiligo em cães e um pode ser consequência do outro. Para saber como as manchas se espalham pelo corpo do seu peludinho, conheça as duas definições a seguir.
O vitiligo focal é aquele que afeta somente partes da pele do pet, circunscrito ao redor do nariz ou dos olhos e pálpebras. Enquanto isso, o generalizado afeta áreas diversas, com caráter aleatório ou simétrico, mas também começando ao redor do nariz e progredindo com o tempo.
São duas as principais causas atribuídas ao vitiligo em cães: origem genética, doença autoimune. A origem genética é considerada uma possível causa, já que determinadas espécies de cães apresentam maior predisposição a esse tipo de doença. São comuns casos de vitiligo em cães das raças Rottweiler, Pinscher, Doberman, Pastor Alemão, Schnauzer Gigante, Terra Nova, Bernese e Golden Retriever.
Por outro lado, há uma linha de raciocínio que leva em conta os fatores autoimunes como fundamentais para o desencadeamento da doença. Uma alteração genética leva a uma maior susceptibilidade do melanócito à ação do sistema imunológico e oxidação. As situações de estresse orgânico intenso como doenças e traumas emocionais podem causar desequilíbrio nesses dois pontos.
Elas geram uma resposta autoimune no organismo, desencadeando a destruição dos melanócitos (células responsáveis pela pigmentação da pele).
É importante que o tutor saiba que, na prática, o vitiligo em cães é muito semelhante àquele observado em humanos. Assim, não há ainda um tratamento definitivo para a perda de coloração da pele.
Por outro lado, há um artigo empolgante sobre melhora com homeopatia. O manejo parece ser possível, evitando que o tipo generalizado se desenvolva. Ter uma dieta saudável e variada, rica em ômega 3; fazer exercícios ao ar livre e diminuir ou anular causas de estresse são algumas opções a serem discutidas com o profissional veterinário.
De uma forma geral, diante da identificação de qualquer sinal característico ou indicativo da ocorrência dessa doença e de qualquer alteração na pele, o tutor deve procurar um médico-veterinário de confiança para excluir outras causas.
Outras doenças que também podem causar alterações na pele, especialmente a despigmentação, são a leishmaniose, o linfoma cutâneo, o lúpus, a síndrome úveodermatológica, entre outras.
É importante lembrar que quando falamos em saúde, falamos também em qualidade de vida, e isso é o que mais queremos para nossos amigos caninos. Por isso, mantenha-se atento a qualquer sinal e busque sempre a ajuda de um profissional diante de qualquer sinal ou alteração.
Conforme comentamos, uma parte do diagnóstico de vitiligo em cães pode ser visual. Se começar a perceber a perda de coloração ao redor do focinho ou dos olhos, fique atento. Excluir outras alterações com um exame de sangue pode ser parte importante do diagnóstico.
Como é uma condição que afeta os melanócitos, outra forma de fechar o quadro é fazer uma biópsia da área afetada, onde, por meio de um preparo do tecido e uma leitura da lâmina, é possível ao patologista ver camadas normais da pele sem a presença dos melanócitos.
Não importa como seu peludo está, para mantê-lo saudável, conte sempre com o auxílio dos profissionais do Centro Veterinário Seres.
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