Você já ouviu falar em platinosomose felina? O nome pode parecer meio estranho, mas fique calmo! É um problema de saúde que afeta os felinos domésticos e que é causado por um parasita. Se o seu gatinho de estimação caça lagartixas, você precisa ficar atento. Descubra o que é a platinosomose e como proteger o bichano!
Receber um diagnóstico de platinosomose em gatos pode deixar qualquer tutor assustado, pois o nome é diferente. A doença é causada por um verme trematódeo (parasita achatado) chamado de Platynosomum fastosum.
Quando acomete o gato, esse verme habita principalmente os ductos biliares (por onde passa a bile) e a vesícula biliar. Há casos nos quais esses parasitas são encontrados no intestino delgado, mas isso é raro.
Embora esse parasita seja mais frequente em regiões com clima tropical ou subtropical, ele pode acometer os bichanos do mundo todo. Mesmo que essa não seja uma doença corriqueira, é bom você ficar atento aos sinais clínicos e como evitá-la.
Você quer evitar que seu pet tenha platinosomose felina, não é? Então, o primeiro passo é entender como esse verme chega ao organismo do bichano. Sabe quando ele resolve caçar sapos ou lagartixas? Pois é… Nesses momentos, o felino pode ser parasitado.
O ciclo desse parasita é um pouco longo, e ele precisa de três hospedeiros intermediários, que são:
Depois dos hospedeiros intermediários, é o momento de ele chegar ao hospedeiro definitivo, que é o felino doméstico ou selvagem.
No organismo dos gatos, o parasita adulto libera ovos que, graças ao ciclo da bile, vão parar no intestino e são eliminados junto com as fezes do animal. Esses ovos acabam se transformando em miracídios, formas jovens de vida que conseguem penetrar no caracol, o primeiro hospedeiro intermediário.
No caracol, o verme fica por mais ou menos 28 dias, se multiplica e sai do caracol na fase de esporocistos, que possuem cercárias. Nessa fase do desenvolvimento do parasita, ele volta para o solo.
Quando isso acontece, eles acabam sendo ingeridos pelos besouros ou percevejo, que também são hospedeiros intermediários e fazem parte do ciclo de vida do verme. Nos besouros, acontece a mudança de cercárias para metacercárias, mais uma fase de amadurecimento do parasita.
Para se alimentar, a lagartixa ou o sapo ingerem o besouro ou o percevejo com a metacercária. Na sequência, o gatinho caça a lagartixa que tem o parasita dentro dela e, assim, é parasitado.
Em forma de metacercária, o parasita fica no organismo do bichano — fígado, ductos biliares e vesícula biliar — até se tornar adulto. Quando isso acontece, ele começa a depositar ovos e tem início um novo ciclo.
A gravidade da platinosomose em gatos vai depender muito da quantidade de vermes presente no animal.
Como eles costumam viver no fígado, na vesícula biliar e nos ductos biliares do bichano, quando há muitos vermes, e eles começam a migrar, acabam causando lesões e inflamações.
Além disso, é possível que o ducto biliar chegue a ser obstruído pela presença do verme causador da platinosomose felina.
Nesses casos, o gato pode apresentar:
A história do animal e a rotina dele sempre ajudam — é por isso que o médico-veterinário faz muitas perguntas. Se o seu gatinho tiver fama de caçador e apresentar sinais clínicos consistentes com a platinosomose em gatos, o profissional poderá suspeitar da doença.
Porém, para que o diagnóstico seja definido, ele provavelmente vai solicitar um exame de fezes do pet. A ideia é ver se há ovos desse verme no cocô do bichano, mas a ausência dos ovos não descarta a doença.
Além disso, poderá ser preciso fazer exames de sangue, como hemograma, leucograma e bioquímico. Eles ajudarão a definir se os sinais clínicos apresentados pelo pet podem estar ligados a um quadro de platinosomose ou não.
Por fim, o ultrassom e as radiografias permitem avaliar a situação do fígado e dos demais órgãos.
Todos esses exames são necessários por haver outras doenças que podem fazer com que o pet apresente os mesmos sinais clínicos. Os cálculos (pedrinhas) vesicais, por exemplo, também podem entupir o ducto biliar, levando a sintomas semelhantes aos da platinosomose nos gatos.
Coletar a bile e analisá-la seria o melhor exame para o diagnóstico laboratorial da platinosomose felina, mas ele raramente é feito, porque acaba sendo mais prático tratar o animal e fazer um diagnóstico terapêutico do caso.
Uma vez que o diagnóstico de platinosomose em gatos tenha sido confirmado (ou que a suspeita seja forte), o médico-veterinário poderá prescrever um antiparasitário (vermífugo). Além disso, poderá ser necessário administrar antibióticos (para combater bactérias oportunistas) e até um protetor hepático.
Em casos nos quais o pet já não esteja se alimentando bem, a internação pode ser necessária para que a nutrição seja garantida com o uso de sonda e que o paciente seja hidratado com fluidoterapia (soro).
Embora o tratamento da plastinosomose felina exista e seja viável, o melhor é evitar a doença, concorda? Então, faça o possível para diminuir a possibilidade de o seu felino caçar. Impedir que ele vá para a rua é uma boa alternativa.
Além disso, siga o protocolo de vermifugação prescrito pelo médico-veterinário do seu gatinho. Se ele tomar vermífugo nas datas certas, os parasitas serão eliminados, e os riscos da platinosomose felina se desenvolver são minimizados.
Para manter seu pet saudável, é preciso garantir vacinas e vermífugos em dia. Além disso, é necessário deixar a caixa de areia sempre limpa. Porém, às vezes, ele para de usar a caixinha. O que será que pode ser? Descubra!
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