Provavelmente, muitos tutores já ouviram falar em piometra ou infecção do útero. Você a conhece? Essa doença pode acometer as cadelinhas e as gatinhas não castradas de qualquer idade. Veja como protege-las.
O que é piometra? Trata-se de uma infecção uterina, que pode afetar cadelas e gatas de qualquer tamanho e raça. Geralmente, ela ocorre em até três meses depois do cio desses animais, quando os níveis do hormônio progesterona ainda estão elevados.
A doença pode acometer fêmeas de todas as idades, mas cadelas e gatas adultas e idosas são as mais frequentemente acometidas pela infecção. Como afeta o útero, só fêmeas não castradas correm o risco de desenvolver a piometra canina ou felina.
A piometra em cães e gatos é decorrente da ação do hormônio progesterona sobre o útero. É a progesterona a responsável por preparar o organismo da fêmea para uma possível gestação. Para isso, provoca várias alterações no aparelho reprodutivo da fêmea, como:
Toda vez que o animal passa pelo cio, esse processo acontece. Entretanto, quando isso se dá por vários ciclos estrais seguidos, o útero acaba não voltando mais ao normal. Assim, ele fica com um endométrio (camada que reveste a parede do útero) espesso e cheio de fluidos.
Além disso, a musculatura não se contrai, nem expulsa nada que esteja lá dentro. Por fim, o sistema imune fica enfraquecido. Com todas essas alterações sofridas, o útero se torna o ambiente perfeito para que as bactérias se instalem e se proliferem.
O efeito acumulativo da progesterona por sucessivos cios é a explicação mais aceita para a piometra canina afetar mais fêmeas adultas e idosas. Mas não se esqueça: há relatos de cadelas com 4 meses que tiveram piometra.
A administração de anticoncepcionais, para evitar que gatas e cadelas entrem no cio, aumenta a chance de elas terem piometra. Isso acontece porque há grande chance de a progesterona exógena causar efeitos colaterais como, por exemplo:
Essas alterações também fazem com que o útero se torne mais suscetível à instalação e à proliferação bacteriana. Consequentemente, aumentam as chances de piometra em cadela ou gata.
A piometra em cadelas tem sintomas que variam, pois dependem de o colo uterino estar fechado ou aberto. Se ele estiver aberto, a secreção purulenta e sanguinolenta consegue sair pela vagina. O tutor vai notar que o animal passa a lamber mais a região genital. Além disso, o local no qual a fêmea se senta fica sujo.
Por outro lado, quando o colo do útero está fechado, o pus não consegue sair. Dessa forma, ele se acumula nesse órgão, o que acaba retardando o diagnóstico. Quando o tutor nota o problema, frequentemente, a fêmea já apresenta sinais sistêmicos, como apatia e febre.
Isso sem contar que, por vezes, quando o bichinho é levado para ser examinado, o útero com pus já está rompido. Isso faz com que as chances de sucesso de tratamento diminuam muito, pois é provável que aconteça uma infecção generalizada.
De forma geral, além da secreção vaginal, as fêmeas com piometra podem apresentar:
Como esses sinais são comuns a muitas doenças, os médicos-veterinários costumam solicitar exames de sangue e ultrassonográfico das fêmeas não-castradas.
A intenção é avaliar a presença de infecção e as dimensões uterinas, para confirmar ou descartar a suspeita. Apenas depois disso, o profissional define a melhor maneira de tratar piometra em cadelas.
É comum que o tutor logo pergunte por um remédio para piometra em cadelas. Entretanto, quase sempre, o tratamento é cirúrgico. Nesse procedimento, o útero e os ovários devem ser retirados, como se faz na castração. Além disso, a paciente terá que receber fluidoterapia, antibióticos e medicamentos para o controle da dor.
Se você tem em casa uma cachorrinha ou uma gata que não foi castrada, fique sempre atento ao seu comportamento nos meses seguintes ao cio. Observe especialmente se há presença de corrimento, se ela está mais quietinha e se está tomando muita água.
Se algo estiver diferente, é hora de levá-la rapidamente ao médico-veterinário. Se tudo estiver bem, considere seriamente a possibilidade de castrar seu animal nesse momento. É sempre melhor fazer a cirurgia de forma eletiva do que em caráter emergencial.
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