Mielopatia degenerativa: conheça mais uma doença que acomete os cães

Mais comum em animais e cães de grande porte e rara em gatos, a mielopatia degenerativa é um desafio no mundo da medicina veterinária. A doença, que é mais relatada em cães da raça pastor alemão, não tem cura. O pet precisará de suporte e acompanhamento frequentes. Conheça mas esse problema de saúde que pode afetar os cães!

Mielopatia degenerativa tem causa desconhecida

A mielopatia degenerativa é uma doença neurológica cuja causa exata ainda não é conhecida, mas que tem influencia de uma mutação genética.

Embora possa acometer gatos, ela é rara nessa espécie. Cães de pequeno porte também não costumam ter um de diagnóstico da mielopatia degenerativa, já que o problema é mais comum nos de grande porte, entre 5 e 14 anos de idade.

Ter um cão com mielopatia degenerativa pode ser um grande desafio para o tutor. Às vezes, a progressão da doença é rápida, e não há um tratamento específico.

Quais são os sinais de mielopatia degenerativa?

Quando há mielopatia degenerativa em cães, o tutor costuma notar que eles começam a ter dificuldade em se locomover. Os animais passam a apresentar incoordenação e até a cair enquanto caminham.

Além disso, durante o exame físico, o profissional poderá identificar:

• Presença de paraparesia (redução de movimento) em um ou mais membros;
• Sinais clínicos assimétricos nos membros;
• Ocorrência de movimentos oscilantes;
• Incontinência fecal,
• Incontinência urinária.

Esses sinais clínicos, no entanto, são comuns em diversas doenças neurológicas, o que pode dificultar um pouco o diagnóstico, já que muitos outros tipos de lesão terão de ser descartados pelo médico-veterinário.
Para descartar essas outras doenças, o profissional deve solicitar vários exames, entre eles:

• Exames de imagem (RX, tomografia ou ressonância da coluna/medula espinhal);
• Hemograma, leucograma e bioquímica (exames de sangue),
• Exame de líquor (fluido cerebrospinal).

A lista de exames poderá variar de acordo com o quadro apresentado e as suspeitas clínicas. E, para fechar o diagnóstico, o médico também levará em conta o histórico do animal, a raça, o porte, a idade, entre outras informações relevantes.

Tratamento para a mielopatia degenerativa

Não há um tipo clínico específico de tratamento para a mielopatia degenerativa nem um procedimento cirúrgico que possam curar o animal. O objetivo das intervenções é tentar manter a autonomia do animal pelo maior tempo possível.

Na maioria dos casos, é indicada a realização de fisioterapia para tentar manter o funcionamento muscular. O controle de peso é fundamental. Há profissionais que usam anti-inflamatórios e suplementação com vitaminas.

Todas as medidas visam melhorar o desempenho do pet, mas a evolução da mielopatia em cães é inevitável.
Há casos nos quais, em pouco mais de um mês, a doença progride muito, a ponto da vida do pet se tornar muito difícil. Para tentar minimizar o sofrimento do animal, é possível adotar alguns cuidados em casa, tais como:

• Usar tapetes antiderrapantes, que ajudam a dar mais firmeza no caminhar e amortecem as quedas, impedindo que o cão se machuque;
• Colocar almofadas perto das paredes, para evitar que ele bata a cabeça;
• Transportar o animal sempre em caixa de transporte adequada, e não com o uso de guias e coleiras, já que sua locomoção é muito limitada,
• Usar carrinhos de rodas.

O prognóstico de mielopatia em cães é reservado. Por isso, o animal deve ser acompanhado, frequentemente, pelo médico-veterinário, que poderá avaliar suas condições e orientar sobre os próximos passos.

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