A micose felina, também chamada de dermatofitose, é uma doença de pele causada por fungos que tem como reservatório outros animais, especialmente cães e gatos, ou mesmo o ambiente, que pode afetar a pele, os pelos e as unhas dos pets.
Quando ouvimos algo sobre fungo na pele, logo pensamos em frieira. No entanto, no caso da micose de gato, esse tipo de fungo não fica necessariamente no meio dos dedinhos, mas pode acometer esse local.
Quando acomete nossos gatinhos, é mais comum acontecer a queda de pelo em determinada região do corpo que, se não for tratada, começa a ter feridas e pode se alastrar para outras partes do corpo.
Os fungos que mais comumente afetam os bichanos têm nomes complicados: Microsporum gypseum, Trichophyton mentagrophytes e Microporum canis. Dentre esses três fungos, o Microsporum canis é o mais prevalente na casuística de felinos com dermatofitose.
Todos eles podem afetar também os cães, mamíferos selvagens, bovinos, equinos e seres humanos. Inclusive, o problema passa de um para outro sem muito critério, por isso, causa enfermidades que são consideradas zoonoses.
A incidência da doença de pele nos felinos varia bastante conforme a localização geográfica do pet (os fungos se proliferam mais em climas quentes e úmidos), da imunidade e da presença ou não de outras enfermidades.
Não há predileção sexual e, aparentemente, os gatos Persa e Maine Coon são relatados com maior frequência como portadores assintomáticos. Os filhotes, idosos e gatos imunossuprimidos são mais afetados que os demais.
A micose felina é bastante infecciosa e se espalha rapidamente entre os animais, mas, felizmente, é tratável, tem cura e geralmente não compromete a saúde do peludo, a não ser que ele tenha leucemia ou aids felina.
A alta taxa de contágio se deve ao fato dos esporos — as formas contagiosas desses fungos — sobreviverem a períodos superiores a um ano no ambiente em condições favoráveis, fazendo com que qualquer lugar ou objeto em que gato fique seja transmissor do patógeno.
Diferentemente de outras zoonoses e das infestações por pulgas e parasitas intestinais, é uma doença que não é prevenida com uso de medicamentos e produtos antiparasitários, mas existe uma vacina usada como tratamento do Microsporum canis.
Um estudo realizado na Universidade do Cuiabá avaliou gatos em atendimento em seu hospital veterinário que não tinham sintomas de dermatofitose, e o resultado foi que 22% dos felinos avaliados apresentaram fungos na pele, com maior prevalência do Microsporum canis.
Esse fato é relevante quando falamos sobre os animais que são portadores assintomáticos da doença, ou seja, que portam o fungo, são capazes de transmiti-lo, mas não adoecem nem desenvolvem lesões de pele.
Essa informação é importante, pois como eles não apresentam sintomas de dermatofitose, ficam disseminando o fungo sem o tutor perceber ou desconfiar de que a causa da sua própria micose seja o gato da família.
Devido à maior proximidade dos animais com os tutores, o número de casos de dermatofitoses em seres humanos tem aumentado significativamente, sendo atualmente considerado um problema de saúde pública.
Como já foi dito, a propagação da doença se dá por meio dos esporos que estão presentes na pele e no pelo de animais contaminados, utensílios (comedouro, bebedouro, caixa de areia, escovas e brinquedos), cobertas e caminhas.
Os sintomas da micose são lesões circulares de pele com queda de pelo, crostas e descamação com ou sem coceira e dermatite miliar (pápulas e crostas).
O gato pode lamber insistentemente o local da ferida devido à coceira e, posteriormente, se banhar, o que pode ajudar a espalhar o fungo para outras partes do corpo. Aparentemente, ele não sente dor no local das lesões.
O diagnóstico da micose felina é feito com uma lâmpada especial, chamada de lâmpada de Wood, que fluoresce nos pontos onde existe o fungo. O diagnóstico definitivo é feito com a cultura fúngica a partir dos pelos da borda da ferida na pele.
O tratamento da micose em gatos deve envolver o isolamento e a medicação do felino acometido, além da limpeza e da desinfecção do ambiente onde ele vive.
O remédio para fungos em gatos é o antifúngico e oral, já o tratamento dura entre 40 e 60 dias, por isso, recomenda-se o acompanhamento próximo ao veterinário para realização de exames que avaliam principalmente se o fígado não está sofrendo com o uso da medicação prolongada.
Os antifúngicos tópicos para tratar a pele áspera e ressecada, associados à terapia oral, aceleram a resolução das lesões e auxiliam na cura da doença. O tratamento vacinal pode ser feito principalmente em gatos que apresentam recidivas da micose.
A micose felina é a doença fúngica mais comum na clínica de pequenos animais e pode afetar a saúde do bichano, de seus familiares e dos outros animais da casa. Por isso, faça visitas periódicas ao veterinário. Na Seres, você encontra dermatologistas. Confira!
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