Os gatos são animais que geralmente escondem os sintomas quando estão doentes ou com dor, mas um gato vomitando espuma é bem aparente ao tutor e deve ser motivo de uma boa observação para saber o que está acontecendo com o bichano.
A grande dúvida que surge na cabeça do tutor é se aquele vômito é somente um mal-estar passageiro ou é um sinal de alerta para alguma doença “escondida” no pet. Por isso, é importante ficar de olho no bichano para notar outros sintomas além do gato vomitando espuma.
O vômito, ou êmese, é definido como a saída pela boca de parte ou de todo o conteúdo do estômago e início do intestino, após uma série de movimentos espasmódicos involuntários.
É um reflexo que ocorre após a estimulação do centro do vômito, localizado no tronco cerebral. Os estímulos são provenientes de diversas partes do corpo e chegam ao centro do vômito pelo sangue (substâncias presentes no sangue) ou via neurônios (dor, estímulos químicos, entre outros).
Alterações vestibulares também causam vômito por estimularem o centro do vômito, ou seja, enfermidades que provocam tontura acabam também provocando as crises de êmese no gato.
Assim como qualquer outro pet, o gato vomitando espuma pode apresentar esse sintoma por diversas causas diferentes que são capazes de estimular o centro do vômito. Seguem as mais comuns:
Muitas pessoas acreditam que é normal o gato vomitar de vez em quando, principalmente as famosas “bolas de pelos” ou tricobezoar. Na verdade, vomitar não é normal para nenhum animal. O tutor deve ajudar o pet a não sofrer com esses vômitos, escovando o bichano diariamente.
Ao fazer a escovação diária, a quantidade de pelos que o animal ingere diminui, assim como a irritação que os eles causam no estômago, minimizando esse sintoma.
Outro fator importante nesses vômitos é oferecer ao peludinho uma ração de qualidade, que contenha ingredientes capazes de controlar os tricobezoares. Se mesmo assim o pet eliminar as bolas de pelos no vômito, é possível dar suplementos alimentares que fazem esse controle.
A gastrite é a inflamação no estômago na região que fica em contato com os alimentos e substâncias presentes no órgão. Provoca dor intensa, azia, queimação, mal-estar, náuseas, falta de apetite, emagrecimento e vômitos. Por isso, um gato vomitando espuma pode estar com gastrite.
Ela é causada por substâncias irritantes, corpos estranhos, medicamentos (principalmente anti-inflamatórios), ingestão de plantas irritantes da mucosa gástrica e ingestão de produtos químicos, mais comumente os de limpeza.
Outras doenças também causam gastrite felina, como doença inflamatória intestinal e até neoplasias no estômago.
Os parasitas intestinais, apesar de parasitarem o intestino, acabam afetando todo o trato gastrointestinal e levam o gato a vomitar espuma, geralmente esbranquiçada, com diarreia, apatia e emagrecimento. É mais comum nos filhotes, mas também pode ocorrer nos adultos.
Esses parasitas internos podem causar um sintoma chamado pelos veterinários de “apetite depravado”, que é quando o gato pode começar a comer coisas estranhas, como madeira, na tentativa de obter nutrientes que sente falta.
A doença inflamatória intestinal felina é uma enfermidade cujo nome já explica: trata-se da inflamação dos intestinos delgado e/ou grosso do bichano. Além do gato vomitando espuma branca, ele pode ter diarreia, perda de peso e apetite aumentado ou diminuído.
Como o pâncreas está localizado na porção inicial do trato digestivo, também pode ser afetado, juntamente ao fígado, e deixar o gato vomitando espuma amarela. É um problema muito parecido com o linfoma intestinal, como veremos logo a seguir.
Acomete gatos de todas as idades, mas principalmente de meia-idade a idosos, com média de 10 anos. Não apresenta predileção sexual ou racial e parece ter causa imunomediada, sendo considerada uma doença crônica, que não tem cura, mas tem tratamento e controle. Seu diagnóstico é de suma importância, pois a inflamação pode evoluir para um linfoma intestinal.
O linfoma intestinal, ou alimentar, é uma neoplasia cujo diagnóstico vem aumentando nos felinos. Provoca vômitos, diarreia, emagrecimento progressivo, falta de apetite e letargia.
Acomete animais de todas as idades, principalmente de meia-idade a idosos. Animais jovens podem ser acometidos, principalmente com doenças concomitantes, e primárias como FELV (leucemia felina). Não tem predileção sexual ou racial. Deve ser diferenciada da doença inflamatória intestinal para o tratamento correto.
A pancreatite é a inflamação do pâncreas. Pode ser aguda, ou crônica. Provoca vômitos, dor, letargia e perda de peso. É causada pela ativação das enzimas pancreáticas digestivas ainda dentro do órgão, lesionando-o.
O que leva a essa ativação ainda é uma incógnita, mas a doença inflamatória intestinal é sua principal causa de base, além de parasitismo e até reações a medicamentos.
A principal sequela da pancreatite é a insuficiência do pâncreas em fabricar as enzimas digestivas e/ou a insulina, caracterizando então a insuficiência pancreática exócrina e a diabetes mellitus, respectivamente.
Sendo uma lista assim tão vasta, é de extrema importância que a causa do gato vomitando seja bem identificada para que não se fique administrando antieméticos e atrasando o correto tratamento do bichano.
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