Diabetes em gatos: descubra o que fazer e como tratar
Publicado pela Equipe SERES | 05 julho 2020
A diabetes em gatos, conhecida também como diabetes mellitus, é uma doença endócrina e relativamente frequente nessa espécie. De uma forma geral, ela se caracteriza pelo aumento da concentração de “açúcar no sangue” devido a não produção e/ou ação da insulina. Saiba mais e descubra quais são seus sintomas.
Causa da diabetes em gatos
Afinal, por que o gato tem diabetes? Trata-se de uma doença endócrina resultante da resistência das células à insulina e/ou carência relativa à absoluta na produção de insulina pelas células β do pâncreas
A insulina é a chave que abre as células do organismo para a entrada da glicose (o açúcar que está no sangue). Sem ela, as células não conseguem aproveitar a glicose para gerar energia.
Quando as células β são destruídas por alguma doença, ou reduzem a produção de insulina, ou até mesmo as células do corpo se tornam resistentes à ação da insulina, o açúcar, ao invés de ser utilizado, fica acumulado na corrente sanguínea, em concentrações maiores do que deveria. Assim tem início a diabetes em gatos.
A diabetes felina também ocorre como doença secundária. É o caso, por exemplo, de quando ela acomete animais:
- Obesos;
- Com síndrome de Cushing,
- Acromegalia, entre outros.
Essas condições podem provocar uma resistência à insulina — o hormônio (insulina) existe, mas não consegue se encaixar nas células para permitir a entrada da glicose.
Sinais clínicos de diabetes em gatos
Essa doença pode acometer animais de todas as idades, raças e sexos. Porém, é mais comum em bichanos com mais de seis anos. Os sintomas de diabetes em gatos variam muito, de acordo com o tempo com o qual o animal convive com a doença e a idade dele.
É possível observar desde sinais leves até manifestações clínicas graves, como em casos de cetoacidose diabética ou coma hiperosmolar — ambas complicações da diabetes mellitus. Dentre os sintoma de diabetes em gatos estão:
- Poliúria (aumento da produção urinária);
- Polidipsia (aumento da ingestão de água);
- Perda de peso, apesar da polifagia (aumento da fome),
- Alterações no pelame.
Em casos graves, como em quadros de cetoacidose, o animal pode apresentar taquipneia (respiração ofegante), desidratação, vômitos e até chegar ao coma. O diagnóstico é feito por meio de exame clínico e laboratorial, que sempre incluem a taxa glicêmica.
Como é feito o tratamento da diabetes mellitus em gatos?
O tratamento baseia-se em como está a clínica do felino no momento em que descobriu a doença. O endocrinologista veterinário passará novos manejos e hábitos que devem ser adotados.
Haverá alterações na dieta, estímulo à ingestão de água, tratamentos para comorbidades (doenças que podem desencadear aumento da taxa de glicemia), castração para as fêmeas (pois auxilia no tratamento), e até mesmo uso da insulina.
Dessa forma, monitorar a glicemia de uma Pet diabético é essencial. Mesmo porque, com os ajustes nutricionais que devem ser feitos, com o controle de peso e manejo, é possível que a diabetes entre em remissão. Essa conquista é ainda mais provável quando o animal começa a receber tratamento médico ainda no início da doença.
A possibilidade de remissão torna ainda mais essencial o monitoramento constante da taxa glicêmica de pets que façam uso de insulina, sendo vistos os índices ideais, estabelecidos pelo médico veterinário endocrinologista.
Em alguns casos opta-se por criar um calendário com os dias e os horários que foi realizado a aferição da glicemia, para apresentar ao médico no dia da consulta e/ou retorno.
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