Apesar de ser amplamente conhecido entre nós, humanos, o transtorno depressivo também pode afetar um cachorro ou gato de estimação. A depressão em animais, no entanto, só é percebida por meio de um diagnóstico de exclusão.
A seguir, você acompanha informações importantes de como diagnosticar, tratar e prevenir a depressão animal. Confira!
Um cão com artrite, por exemplo, vai ficar mais quieto não porque não tenha interesse em passear, mas, sim, porque sente dor. Da mesma forma, um gato com doença renal vai comer menos não porque o alimento não tenha um cheiro bom, mas porque sente náusea.
Portanto, antes que se faça erroneamente o diagnóstico de depressão, o pet deve ser submetido a uma cuidadosa investigação clínica e exames. Só assim, descarta-se a possibilidade de outras doenças estarem causando sintomas parecidos.
A prostração e a perda de apetite são alguns dos exemplos, uma vez que são manifestações comuns a outros problemas de saúde. Além disso, elas são mais frequentes do que os quadros de depressão em cães e gatos.
Entretanto, se nada for constatado, então, sim, seu pet pode estar deprimido. Isso acontece principalmente se ele passou por alguma grande mudança. Um novo lar ou a chegada de novos integrantes na família, além de mortes e perdas, são gatilhos possíveis para sintomas de depressão.
Portanto, quando admitimos que um gato ou cachorro tem depressão, estamos falando do surgimento de algumas manifestações clínicas, sem que haja doença física que as justifiquem.
Nas pessoas, a depressão tem muitos subtipos, que, em geral, não são desencadeados por mudanças ambientais. Via de regra, humanos que têm a doença narram que os sintomas ocorrem sem que nada de diferente tenha acontecido. Afinal, o problema, nesse caso, diz respeito muito mais a um estado mental.
Nesse sentido, o diagnóstico da depressão em animais se tornaria praticamente impossível. Até porque a gente não sabe exatamente o que eles sentem. Por isso, é importante estar atento a alguns sinais de mudança de comportamento, como:
Outro indício comum da depressão em gatos e cachorros é a redução da interação do animal com a família. Ademais, o passeio não estimula mais o pet, a comida não parece tão gostosa, a chegada do dono não o anima, e assim por diante.
A grande diferença entre o comportamento do pet e o nosso está na duração desse estado e na resposta a intervenções mais simples. Raramente, a depressão canina ou felina dura períodos muito longos.
Aliás, a maioria dos animais se recupera em alguns dias — no máximo, meses. Nesse sentido, vale a pena dar um pouco mais de atenção e estímulos ao pet, como passear e brincar com maior frequência.
Um bom caminho é identificar o que ainda anima o bichinho — passear a pé, andar de carro, brincar de bolinha, perseguir luz. Basta fazer essa atividade com ele em períodos curtos e várias vezes ao dia. Quando o peludo se mostrar mais animado, faça festa e ofereça uma recompensa da qual ele goste!
Para casos de depressão em animais que perderam outro pet da família, a adoção de um novo companheiro pode ser uma alternativa. Mas tenha em mente que, se eles não se derem bem, a medida pode agravar o quadro depressivo.
Outro cuidado importante é não exagerar na atenção do animal em momentos de tristeza. Assim, evita-se que ele entenda que está sendo recompensado por esse comportamento quieto.
Se o tempo passar e nada reverter a depressão, é hora de voltar ao médico-veterinário que diagnosticou a doença. O especialista vai avaliar se é o caso de medicar o cachorro ou gato com depressão.
Antidepressivos e ansiolíticos são uma alternativa, sobretudo para animais que começam a ganhar peso, a apresentar comportamento estereotipado ou a demonstrar sinais de ansiedade — destruir a casa, se mutilar ou uivar.
Mesmo pets que só melhoram com a administração de medicamentos costumam ter um prognóstico melhor do que humanos deprimidos. Diferentemente das pessoas, cães e gatos conseguem terminar o tratamento com os remédios entre 6 e 12 meses.
Assim como acontece com as pessoas, a depressão em animais também é um quadro sério que precisa de acompanhamento. Portanto, se observar sinais da doença em seu cão ou gato, não deixe de levá-lo para uma consulta. Uma boa dica é visitar o Centro Veterinário Seres mais próximo e ajudar o pet!
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