Como tratar gengivite em gato? Veja dicas

É comum que bichanos idosos sejam diagnosticados com gengivite em gato. Às vezes, a origem da doença são problemas dentários. Entretanto, esses bichinhos podem ter também o complexo gengivite-estomatite-faringite dos felinos. Descubra o que é isso e veja os possíveis tratamentos!

Por que a gengivite em gato acontece?

Afinal, o que causa gengivite em gatos? Uma das possibilidades é de o felino ter alguma doença periodontal, que leva à inflamação da gengiva. O acúmulo de tártaro, por exemplo, com o tempo, pode causar gengivite em gato.

Dentes quebrados, que costumam ser frequentes em pets com mais de 15 anos, também podem levar a gengiva a inflamar. No entanto, há também o chamado complexo gengivite-estomatite-faringite (CGEF) dos felinos, que, muitas vezes, é classificado como gengivite crônica em gatos.

No geral, esses bichinhos têm um histórico de várias tentativas de tratamento, com melhora por um tempo e recorrência da doença. A gengivite felina tende a ser intensa e acompanhada da inflamação de outras partes da boca, além de sinais de inflamação na faringe e problemas estomacais. 

Ela é considerada uma doença multifatorial, cujos agentes causais ainda não foram completamente elucidados. Entretanto, acredita-se que possa ter ligação com a presença de:

• Agentes virais, como o vírus da imunodeficiência felina, calicivírus e herpesvírus,
• Agentes bacterianos como Peptostreptococcus spp., Bacteroides spp., Actinobacillus actinomycetemcomitans e Fusobacterium spp.

Quais gatos podem ter gengivite?

Qualquer animal, independentemente da raça ou do sexo, pode apresentar sinais de gengivite em gatos. Contudo, como, muitas vezes, a doença está ligada à existência de problemas periodontais, a gengivite é mais frequente em animais idosos.

Além disso, no caso do complexo gengivite-estomatite-faringite dos felinos, acredita-se que algumas raças possam ser mais suscetíveis à doença. No geral, as mais acometidas são:

• Siamês;
• Abissínio;
• Persa;
• Himalaia,
• Sagrado da Birmânia.

No caso do complexo gengivite-estomatite-faringite dos felinos, indivíduos de qualquer idade podem ser acometidos, mas, em média, esses pets têm cerca de 8 anos. Contudo, gatos de 13 a 15 anos ou mais podem começar a apresentar os primeiros sinais clínicos.

Sinais clínicos de gengivite em gatos

Tutores que têm o costume de inspecionar os bichanos para ver se há a presença de pulga ou qualquer outra alteração podem perceber que o gato com gengivite apresenta a gengiva mais avermelhada e inchada. Além disso, com o passar dos dias, outros sinais vão se acentuando, como, por exemplo:

• Halitose;
• Rejeição a alimentos duros;
• Anorexia;
• Salivação excessiva;
• Dor;
• Apatia;
• Febre — em quadro mais graves;
• Perda de peso;
• Pelagem opaca;
• Desidratação;
• Perda de dentes;
• Gengiva inchada,
• Vômito.

Diagnóstico

Além de realizar a anamnese — perguntas sobre o pet —, o médico-veterinário fará um exame completo e avaliará a boca do animal. Caso julgue necessário, poderá solicitar exames complementares, como, por exemplo:

• Hemograma completo;
• Sorologia para determinadas doenças;
• Biópsia — caso exista algum aumento de volume dentro da boca,
• Radiografia intraoral, entre outros.

Tratamento

Após o diagnóstico, o médico-veterinário poderá definir como tratar gengivite em gatos. O protocolo varia de acordo com o caso. Se a doença for consequência do acúmulo de tártaro ou de dente quebrado, por exemplo, a limpeza e a remoção dos dentes com problema podem ser indicadas.

O animal será submetido a uma anestesia geral e passará por limpeza e remoção de tártaro na clínica. Além disso, provavelmente terá que tomar um antibiótico específico, que ajudará a diminuir o processo infeccioso.

Nos casos mais graves, como os do complexo gengivite-estomatite-faringite dos felinos, a fluidoterapia e a administração de outros medicamentos, como antieméticos, podem ser necessárias. Tudo dependerá do quadro geral do animal.

Embora nem sempre seja possível impedir que a gengivite em gatos ocorra, a higienização bucal frequente pode ajudar. Além disso, é indicado levar o bichano para check-up, uma vez ao ano ou a cada seis meses.

Vale lembrar que os cuidados com a saúde bucal dos felinos devem começar desde a troca dos dentinhos. Você sabe quando isso acontece? Confira!