A transfusão de sangue em cães ajuda a salvar a vida dos pets em diversos momentos. Ela pode ser necessária desde quando o animal sofreu um trauma e teve hemorragia até em casos nos quais o peludo está muito anêmico. Conheça mais sobre esse procedimento e as aplicações na rotina veterinária!
A transfusão de sangue em cães pode ser usada para normalizar a quantidade de sangue circulante no corpo do pet, repor um dos componentes que formam o sangue ou corrigir problemas de coagulação.
Como o sangue é formado por vários componentes, são muitas as situações que podem levar à transfusão. O cachorro pode ter sofrido uma hemorragia repentina e intensa, por exemplo.
Nessa situação, o procedimento a ser feito é de sangue total. Já em outros, como nos casos de transfusão de sangue em cachorro com anemia, pode ser apenas de um concentrado de hemácias.
É o que acontece na transfusão de sangue em cães com erliquiose, por exemplo. Como essa doença leva à destruição de hemácias e plaquetas, o que causa anemia e trombocitopenia, o peludo precisa apenas de glóbulos vermelhos (as hemácias, também chamadas de eritrócitos) e da hemoglobina que existe neles.
Também há casos nos quais o animal está com problema de coagulação. Quando isso acontece, ele pode receber somente plaquetas. Caso esteja com proteínas baixas, a transfusão da parte líquida do sangue, o plasma, costuma ser suficiente.
A transfusão de hemácias, que é a mais comum, acontece quando o animal já não tem hemoglobina suficiente. Com isso, o organismo não consegue carregar o oxigênio que o corpo precisa para funcionar corretamente.
Todos esses hemocomponentes são obtidos a partir do fracionamento das bolsas de sangue total. Por sua vez, essas bolsas são coletadas de cães doadores de sangue. A quantidade que será administrada em cada animal dependerá do cálculo para transfusão de sangue em cães feita pelo médico-veterinário.
Quem sabe como fazer transfusão de sangue em cães e vai decidir se o pet precisa ser submetido a esse procedimento é o médico-veterinário. No geral, a decisão pela transfusão considera critérios clínicos e laboratoriais do paciente.
Na teoria, quase todos os cães com concentração de células vermelhas (hematócrito) inferior a 10% precisam de transfusão. Entretanto, também há casos em que o animal está com 12% de hematócrito, mas precisa que o procedimento de transfusão de sangue em cães seja realizado.
É o que acontece quando o pet está ofegante, com coração acelerado e prostrado. Dessa forma, é possível concluir que, na hora de decidir se a transfusão de sangue em cães será necessária, o que será avaliado é o estado geral do animal.
O procedimento de transfusão de sangue em cachorro é perigoso? Essa é uma dúvida comum entre os tutores, que querem garantir que o peludinho ficará bem e sobreviverá.
Entretanto, antes de pensar em possíveis riscos, é importante ter em mente que, quando o médico-veterinário indica a transfusão de sangue em cães, é porque essa é a alternativa adequada para manter o peludinho vivo. Assim, o procedimento se faz necessário.
Ao mesmo tempo, é preciso saber que o profissional fará tudo o que for possível para que, ao realizar a transfusão de sangue em cães, efeitos colaterais sejam nulos ou mínimos.
Uma das maneiras de fazer isso é limitar a transfusão ao componente sanguíneo que o paciente precisa. Isso reduz as chances de reações adversas por exposição a antígenos estranhos.
Antígenos são moléculas capazes de despertar o sistema imune. Cada componente do sangue do cão doador tem inúmeras delas, que podem incitar com maior ou menor intensidade essa resposta no organismo do receptor.
Você sabia que já foram catalogados mais de 13 grupos sanguíneos nos cães? São muitos, não é? Eles são identificados pelo principal antígeno existente na superfície dos glóbulos vermelhos. Essas são as moléculas que mais provocam o sistema imune de um eventual receptor.
Cada uma delas é um DEA (antígeno eritrocitário canino). Clinicamente, o mais importante é o DEA 1, porque ele é capaz de despertar reações mais fortes. Nesse ponto, é possível determinar se a transfusão de sangue em cães riscos.
O que acontece é o seguinte: se um cão que não tem o DEA 1 nas hemácias receber um sangue com esse antígeno, o sistema imunológico dele pode destruir todas as hemácias doadas.
Nesse caso, a transfusão de sangue em cachorro é perigosa. Afinal, a morte em massa de células causa uma enorme resposta inflamatória, com complicações que podem levar à morte do animal.
A boa notícia é que raramente os cães têm anticorpos naturais contra o DEA 1, ou seja, eles só formam a resposta quando recebem a primeira transfusão, mas não dá tempo de destruírem muita coisa.
Se recebem a segunda transfusão com um sangue incompatível, aí, sim, atacam as células em poucas horas (porque a resposta já está formada). Entretanto, por mais que as reações sejam raras em uma primeira transfusão de sangue em cachorro, o ideal é fazer pelo menos um teste de compatibilidade.
A avaliação consiste em colocar amostras de sangue do doador e do receptor em contato para ver se elas se aglutinam. Se isso acontecer, significa que já há anticorpos contra o DEA 1, e a transfusão não deve ser feita.
O teste de compatibilidade não evita todas as reações. Ele afasta o risco do tipo mais grave, aquele no qual há a destruição quase imediata das hemácias, colocando a vida do paciente em risco.
No entanto, mesmo que o teste não aponte a existência prévia de anticorpos contra o DEA 1, o corpo pode ter reações mais tardias e brandas contra os demais DEAs e as outras células do sangue (glóbulos brancos e plaquetas).
Mesmo com todos os cuidados, ainda ocorrem algumas reações. No geral, entre 3% e 15% das transfusões de sangue em cães causam algum tipo de reação. Aqui, os efeitos são variados. Enquanto alguns animais têm simples quadros de urticária, outros apresentam:
Além disso, o risco de óbito não é descartado na transfusão de sangue em animais. Por isso, a transfusão de sangue em cães sempre é realizada em uma clínica, onde o pet é monitorado durante o procedimento e nas 24 horas seguintes.
Caso o bichinho apresente qualquer reação ao procedimento, a transfusão é interrompida, e o pet é medicado. Lembre-se de que a transfusão de qualquer hemocomponente é um tratamento emergencial, com efeitos temporários.
Ela serve para manter a vida do pet enquanto medidas específicas são tomadas para combater a causa do problema. É o que acontece, por exemplo, quando o animal tem a doença do carrapato e está muito anêmico. Veja o que causa essa enfermidade!
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