A clamidiose calopsita é uma doença que merece a atenção de quem quer ter um animal desses em casa por dois motivos. O primeiro deles é porque a ave pode vir com a bactéria já do criadouro. Já o segundo motivo é porque trata-se de uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida aos humanos. Saiba mais sobre ela!
A clamidiose em calopsita, que também é chamada de psitacose ou ornitose, é causada por um microrganismo chamado Chlamydia psittaci. Essa bactéria pode acometer aves, répteis e mamíferos.
A bactéria causadora da clamidiose de calopsitas não é muito resistente quando está no ambiente. No geral, ela pode ser eliminada com o uso de desinfetantes comuns usados para a limpeza, bem como com a incidência de luz solar.
Por outro lado, quando a Chlamydia psittaci está presente em fezes secas de animais infectados, ela permanece “ativa” por muito tempo e pode infectar outros animais.
Além disso, embora estejamos falando em clamidiose nas calopsitas essa bactéria também pode acometer outras aves. Ela já foi diagnosticada em aproximadamente 465 espécies de aves.
Assim, se uma calopsita com clamidiose for levada para um viveiro com outras espécies de aves, há grandes chances de os outros animais serem acometidos pela doença também.
Isso se torna ainda mais provável se o ambiente não for higienizado corretamente, já que a eliminação das bactérias acontecem pelas fezes de animais infectados. Por isso, a limpeza é essencial.
Há ainda casos nos quais a transmissão vertical pode ocorrer, ou seja, a fêmea infectada pode contaminar o ovo quando realiza a postura e, consequentemente, infectar o filhote.
É comum que o animal infectado não apresente nenhum sinal clínico, ou seja, o futuro tutor não vê sintomas que indiquem que se trata de uma calopsita doente. Porém, quando ele adquire a ave do criadouro e a leva para casa, ela é transportada e, consequentemente, fica estressada.
Isso acontece porque aves são sensíveis ao transporte e mudanças de ambientes. Por isso, mesmo que a pessoa tenha muito cuidado, qualquer transporte pode se tornar estressante.
Uma vez que isso acontece, o animal pode ter uma queda de imunidade. É por isso que, muitas vezes, no criadouro a ave não aparenta ser uma calopsita doente, mas ela começa a apresentar sinais clínicos dias após chegar em casa. Os sinais podem ser digestivos e/ou respiratórios, e dentre os mais comuns estão:
Todos esses sinais podem evoluir rapidamente e levar a ave à morte caso a clamidiose em calopsita não seja tratada rapidamente. Por isso, é importante que, caso o tutor note qualquer uma dessas alterações, ele leve o animal imediatamente ao médico-veterinário que trata de pets exóticos.
O diagnóstico de clamidiose costuma ser feito com base nos sinais clínicos e no histórico do animal. Embora existam exames laboratoriais que possam ser feitos para detectar a presença da bactéria, o resultado pode demorar para ser obtido.
Como a doença é séria e a evolução costuma ser rápida após o aparecimento dos primeiros sinais clínicos, o tratamento precisa ser iniciado quanto antes. Assim, a prescrição costuma ser feita com base no diagnóstico clínico com posterior confirmação do exame de PCR (laboratório).
O remédio para clamidiose em calopsitas varia de acordo com o quadro. No geral, o profissional prescreve um antibiótico e suporte vitamínico. Além disso, a ave deve ser isolada das demais, para evitar que os outros sejam acometidos pela doença.
Quem tem viveiros e diversas aves em casa precisa ter cuidado para que um animal doente não seja reunido às demais e transmita. Por isso, é importante ter os seguintes cuidados:
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