Será que seu peludo corre risco de pegar cinomose? Essa é uma doença viral que tem um tratamento limitado. Nem sempre é possível salvar a vida do cãozinho. Além disso, alguns ficam com sequelas mesmo depois de curados. Tire as suas dúvidas e veja como proteger o seu bichinho!
A doença é causada pelo vírus da cinomose, que pertence à família Paramixoviridae e ao gênero Morbilivírus. A transmissão acontece facilmente. Basta um peludo saudável e não vacinado ter contato com secreções e/ou excreções de um animal infectado para que o pet possa ficar doente.
Por isso, é comum que a transmissão se dê por meio de fômites, como, por exemplo, brinquedos, vasilhas e bebedouros compartilhados. Dessa forma, quando um animal que vive em um canil se infecta, é muito provável que outros animais que moram no mesmo lugar adoeçam.
Além disso, as pessoas também podem carregar o vírus de um cão para outro ao manuseá-los sem lavar as mãos. Sem contar que o microrganismo que causa a cinomose canina também sobrevive no ambiente por longo período, suportando temperatura abaixo de zero.
Por outro lado, ele é destruído quando exposto à temperatura de 60º C. Além disso, a desinfecção do ambiente com alguns produtos como, por exemplo, solução diluída de formol, também elimina o vírus.
A cinomose tem sintomas que podem se confundir, inicialmente, com os de outras doenças. Isso porque os sinais clínicos da ação do vírus no sistema nervoso podem demorar alguns dias para aparecer. Assim, entre as manifestações de cinomose, é possível observar:
A cinomose tem tratamento variado, e a escolha da medicação será feita pelo médico-veterinário de acordo com os sinais clínicos apresentados e com a progressão da doença. Há, por exemplo, o soro (imunoglobulina), que pode ser usado quando o pet está no início da doença.
Além disso, é comum que o profissional prescreva a antibioticoterapia para evitar a ação de bactérias oportunistas. Há também a possibilidade de indicar antitérmicos, antieméticos e até internar o animal para que receba a fluidoterapia.
Resumidamente, o mais importante, nessa fase, é que o médico garanta o suporte nutricional e a hidratação do paciente. Nutrido, hidratado e sem ter que gastar energia para combater invasores, o cachorro com cinomose tem mais chance de recuperação.
A cinomose tem cura, mas ela nem sempre é possível. Muitas vezes, os peludos que sobrevivem ficam com sequelas, como, por exemplo, espasmos musculares. Nesses casos, a acupuntura pode ser indicada e costuma dar bom resultado, diminuindo as sequelas e melhorando a qualidade de vida.
Agora que você sabe o que é cinomose e como a doença pode ser perigosa, é preciso pensar em proteger o peludo. A velha e eficiente vacinação de filhotes e, depois, o reforço anual, é a melhor maneira de fazer isso.
Todas as vacinas polivalentes (V2, V6, V8, V10, V12 e V14) previnem contra a cinomose. O número indica contra quantas doenças virais e bacterianas a vacina age, e a cinomose é sempre uma delas.
O ideal é aplicar a primeira dose quando o cão tiver cerca de seis semanas de vida. Repetir a vacinação a cada três ou quatro semanas, de forma a completar três doses. A última deve ser aplicada entre a 14ª e a 16ª semana, quando a imunidade do animal já está madura.
Por isso, os filhotes só estão protegidos depois da terceira dose da vacina. Antes disso, não deixe que o pet tenha contato com outros animais! Depois, para os cães adultos, basta repetir uma dose da vacina anualmente. Gatos e humanos não são infectados pelo vírus da cinomose.
Claro que nenhuma vacina garante 100% de proteção. No entanto, as vacinas conseguem atingir índices de proteção bastante altos. Além disso, ainda é a melhor maneira (quase a única) de proteger os peludos contra a cinomose.
Portanto, lembre-se de manter a caderneta de vacinação do seu melhor amigo sempre em dia. Para completar, realize avaliações de rotina da saúde do animal regularmente. Basta procurar o centro veterinário Seres mais próximo de você e do peludo!
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