Acredite: ele está por toda parte! O carrapato surgiu há 90 milhões de anos e chegou aos cinco continentes não só devido a estar agarrado à pele de homens e animais, mas também graças a algumas características que dão a ele grande resistência.
Os carrapatos são super resistentes. Eles podem ser levados pelo vento e pela água, e conseguem se esconder em até 10 cm dentro da terra. Além disso, sobrevivem sem oxigênio, escalam paredes e ficam até 2 anos sem comer.
Foi assim que esses bichos, da mesma classe das aranhas e dos escorpiões, se espalharam pelo mundo!
Hoje, há mais de 800 espécies de carrapatos. Todas elas formadas por indivíduos hematófagos obrigatórios, ou seja, que dependem de sangue para sobreviver.
É esse hábito alimentar que faz dos carrapatos seres tão perigosos. Isso porque quando eles sugam o sangue do animal, também transmitem vírus, bactérias ou protozoários.
Eles adquirem esses transmissores de doenças parasitando em diferentes animais, ora em um, ora em outro. Há casos em que também recebem das próprias mães.
Cães, gatos, cavalos, bois e capivaras são os hospedeiros mais frequentes dos carrapatos, mas não são os únicos.
Há carrapatos que parasitam répteis e aves, por exemplo. E, para muitos deles, o ser humano serve de hospedeiro acidental, o que acaba pondo em risco também a sua saúde.
Conforme a espécie de carrapato na pele, ele troca de hospedeiro até três vezes ao longo da vida. Isso acontece principalmente quando se transforma de larva em ninfa e, por fim, em adulto.
Esse fato explica por que 95% da população de carrapato branco e/ou preto costumam estar no ambiente.
Em todos os tipos de carrapato, mesmo os que não trocam de hospedeiro, a fêmea se desprende para colocar os ovos.
No entanto, isso não significa que ela fique no chão. Ao contrário! A fêmea costuma procurar um canto quietinho, parede acima, para fazer a postura. O processo pode durar cerca de 29 dias e render mais de 7 mil ovos!
Por isso, em caso de infestação por carrapato na sua casa, utilize carrapaticida também nas frestas das casinhas de madeira, dos muros e dos móveis.
Como todos picam e sugam sangue, o carrapato em cachorro e/ou humano pode causar anemia — conforme a intensidade do parasitismo —, coceira, lesões de pele e alergias.
Há, ainda, relatos de paralisias provocadas pela inoculação de toxinas presentes na saliva deles. Contudo, esses quadros não estão bem descritos no Brasil.
Daí em diante, os danos à saúde do hospedeiro dependem do tipo do carrapato parasita. Isso porque cada um transmite determinados vírus, bactérias e protozoários.
É o carrapato de cachorro mais comum, no entanto, também gosta de humanos. Ele é o mais frequente nas grandes cidades, e sobe e desce do hospedeiro três vezes ao longo da vida. Portanto, a maior parte da população está no ambiente e pode fazer até quatro gerações em um ano.
Para cães e humanos, os dois principais parasitas que podem ser transmitidos pelo Rhipicephalus são a babesia (um protozoário) e a ehrlichia (uma bactéria).
Ehrlichia e babesia atacam os glóbulos brancos e vermelhos do sangue, respectivamente. O ataque causa prostração, febre, falta de apetite, pontos de sangramento na pele e quadros de anemia.
Aos poucos, a falta de oxigênio e a própria ação dos parasitas vão comprometendo também a função dos órgãos do animal, o que pode levá-lo à morte.
Além da ehrlichia, o Rhipicephalus também pode ser o vetor de outras três bactérias:
Como se já não bastasse, o cão ainda pode ter uma doença chamada hepatozoonose. O caso acontece apenas se ele ingerir o Rhipicephalus, contaminado pelo protozoário Hepatozoon canis.
Isso porque o vírus acaba liberado no intestino do pet e entra nas células dos mais variados tecidos do corpo.
Ao longo da vida, os Amblyommas também descem três vezes dos animais parasitados. Além disso, esse gênero tende a ser mais comum no ambiente rural.
O A. cajennense, quando adulto, tem nos cavalos os hospedeiros preferenciais, mas as fases de ninfa e larva são pouco seletivas e parasitam facilmente outros mamíferos, inclusive o cão e o homem.
O micuim que sobe no corpo ao andar no pasto é, de fato, o A. cajennense imaturo, na fase da ninfa, que costuma se aglomerar nos locais de sombra das pastagens.
Esse carrapato é o principal transmissor da Rickettsia rickettsii, bactéria que causa a febre maculosa em humanos e cães. Nos pets, a doença tem sinais muito semelhantes aos da erliquiose e, provavelmente por isso, poucas vezes é reconhecida.
Em humanos, a febre maculosa, como o nome sugere, caracteriza-se por febre e manchas vermelhas no corpo, além de fraqueza, dor de cabeça, dor muscular e nas articulações, tudo de início súbito. Se não for tratada, pode levar à morte rapidamente.
Além da febre maculosa, o A. cajennense, no Brasil, é o vetor ao qual se adaptou a Borrelia burgdorferi, uma bactéria que causa a Doença de Lyme (borreliose).
A doença é caracterizada, inicialmente, por lesões avermelhadas na pele e problemas articulares. No entanto, pode evoluir para quadros graves de infecção do sistema nervoso.
A borreliose é muito mais comum no Hemisfério Norte do que por aqui. Lá, é transmitida pelo carrapato Ixodes ricinus.
O A. aureolatum costuma parasitar os cães que vivem próximos a regiões de mata, onde a umidade e as temperaturas são amenas.
Ele também pode transmitir a febre maculosa, mas ganhou fama mais recentemente como vetor da Rangelia vitalii, um protozoário que chegou a ser confundido com a babesia.
Contudo, diferentemente dela, esse protozoário não invade apenas as células vermelhas do sangue, mas também os glóbulos brancos e as células das paredes dos vasos sanguíneos, o que o faz mais agressivo e mais letal.
O sul do país tem o maior número de casos de rangeliose. Porém, animais doentes também já foram identificados nas grandes cidades do Sudeste.
O uso de carrapaticida para cães, seja na forma de comprimidos, coleiras, sprays ou pipetas, é a maneira mais segura de tentar prevenir essas doenças. No entanto, o tutor também deve ficar atento ao tempo de ação de cada produto.
Ainda assim, ao retornar do passeio, é importante checar orelhas, virilhas, axilas e também entre os dígitos das patas do cão, verificando se nenhum carrapato se prendeu por ali.
Lembre-se de que, para o cão adoecer, muitas vezes, basta uma única picada de um carrapato infectado. Como nenhum produto para a prevenção é 100% eficaz, caso o seu pet esteja mais tristonho, procure um médico-veterinário da Seres.
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