Calicivirose felina: o que é, qual o tratamento e como evitar?
Publicado pela Equipe SERES | 24 junho 2020
Você sabia que os bichanos podem sofrer com diversas doenças respiratórias? Uma delas é a calicivirose felina (FCV), que, quando não é tratada, pode colocar em risco a vida do pet. A boa notícia é que ela pode ser evitada. Conheça essa doença e descubra como proteger seu gato de estimação.
O que é calicivirose felina?
É uma doença muito contagiosa que pode acometer gatos de todas as idades. A calicivirose em gatos é causada por um RNA vírus, o calicivírus, que é muito resistente. Uma vez infectado, o gato pode apresentar sinais respiratórios e digestivos. Em alguns casos, ocorre também alterações oculares.
Embora o tratamento seja possível e, normalmente, a cura seja alcançada, quando o tutor não dá a atenção necessária ao quadro, o pet pode morrer de calicivirose felina. No geral, isso acontece principalmente quando a pessoa demora para levar o animal para ser examinado e medicado.
Quando isso acontece, a doença evolui, o gato vai perdendo condições de reagir, e o quadro tende a se agravar. Isso sem contar que, muitas vezes, o calicivírus não é o único agente infeccioso.
Há vários casos nos quais há outros organismos patogênicos junto ao quadro de FCV. Entre eles, FHV-1, Chlamydophila felis e Mycoplasma spp. Quando isso acontece, os danos são ainda maiores, e os sinais clínicos mais diversificados.
Transmissão da calicivirose felina
No geral, o animal é infectado ao entrar em contato com outro gato que esteja com o calicivírus. A transmissão pode acontecer mesmo que o animal portador ainda não tenha desenvolvido sinais clínicos. Ela costuma ocorrer por meio da inalação de aerossóis ou contato com a saliva do outro felino.
Dessa forma, quando a pessoa tem mais de um animal em casa e um deles foi diagnosticado com calicivirose, é indicado separá-lo dos demais. Além disso, é preciso ter cuidado e também separar brinquedos e vasilhas de alimentos para evitar a transmissão do vírus.
Sinais clínicos da doença
Os sinais iniciais da calicivirose podem ser muito semelhantes aos de uma gripe, com agravamento progressivo:
- Tosses;
- Espirros;
- Corrimentos nasais;
- Febre;
- Diarreia;
- Letargia;
- Inapetência;
- Afecção ocular, como conjuntivite;
- Gengivite, com ou sem presença de úlceras,
- Ferimentos na boca, focinho e consequente dificuldade em se alimentar.
Se no início o tutor só vê o gato espirrando, é importante saber que a calicivirose felina pode evoluir para pneumonia.
Além disso, em alguns casos há a disseminação sistêmica da doença, que pode resultar em artrite e causar dor e claudicação. Isso acontece porque há depósito de complexos formados pelo vírus e por anticorpos dentro das articulações.
Tratamento da calicivirose felina
Não há um medicamento específico para a doença. O médico-veterinário vai avaliar o quadro e indicar fármacos que controlam os sinais clínicos da calicivirose felina. Assim, podemos dizer que se trata de um tratamento de suporte.
No geral, os profissionais prescrevem antibióticos e antitérmicos. Além disso, é preciso administrar outros medicamentos para ajudar a controlar os demais sinais clínicos, como colírios e pomadas, por exemplo.
Por fim, a alimentação do bichano também merece atenção. Ela deve ser balanceada e, muitas vezes, a administração de polivitamínicos poderá ser indicada. Isso vai depender muito das condições nutricionais do pet. Afinal, ele tem que estar bem para que o organismo possa reagir e vencer o vírus.
Gatos de todas as idades, tamanhos e raças podem contrair calicivirose.
Como evitar o calicivírus felino?
A principal maneira de evitar que seu gatinho de estimação seja acometido pela calicivirose em gatos é garantindo a vacinação dele. No geral, enquanto filhotes, os gatos devem ser vacinados para evitar:
- Calicivírus felino (FCV);
- Vírus da panleucopenia felina (FPV);
- Herpesvírus felino (FHV-1),
- Vírus da raiva (RV).
Os filhotes ainda recebem um reforço vacinal, que será prescrito pelo médico-veterinário. Depois disso, é importante que o tutor siga o calendário de vacinação rigorosamente e leve o animal para receber o reforço anual.
Geralmente, a primeira vacina é administrada quando o gato tem entre sete e nove semanas de vida, mas o médico-veterinário poderá ajustar o protocolo, de acordo com cada caso.
Embora as doenças respiratórias sejam comuns nos felinos, elas não são as únicas complicações que podem dificultar a vida dos gatinhos. Às vezes, o simples fato de o pet fazer xixi fora do lugar pode indicar um problema de saúde. Saiba mais!
Aqui você encontra artigos incríveis sobre saúde e cuidados que podem ajudar a melhorar o bem-estar de seu bichinho de estimação, seja qual for a espécie do pet. Afinal de contas, o nosso instinto é cuidar!
Notícias relacionadas
Ver todas notíciasO que fazer em caso de mordida de cachorro em gato
Embora haja muitas histórias lindas de amizade entre cães e gatos, a grande maioria desses pets não se dá tão […]
Continuar lendoAprenda como dar água para gato doente
Os gatos já são animaizinhos conhecidos por não gostarem de beber muita água. Esse mau hábito pode trazer prejuízos à […]
Continuar lendoDermatite por lambedura em gatos: descubra por que isso acontece
É normal vermos os felinos se lambendo quase o dia todo, pois são animais muito limpos e fazem sua própria […]
Continuar lendoGato com a pata inchada pode indicar algo sério?
Quando o tutor encontra o gato com a pata inchada, já tem a certeza de que há algo errado. A […]
Continuar lendoGato com diarreia constante: conheça as causas
Os gatos são animais muito higiênicos e geralmente fazem as necessidades fisiológicas na caixa de areia. Trocar a areia dos […]
Continuar lendoGato com fezes moles e fedidas: o que pode ser?
Os pets são verdadeiros companheiros, e mesmo aqueles gatinhos que não gostam tanto de carinho estão sempre por perto. Por […]
Continuar lendoSerá que gato com insuficiência renal sente dor? Descubra!
Quem tem um animal com doença crônica fica preocupado quanto à sua qualidade de vida. É assim no caso de […]
Continuar lendoDescubra como anda a saúde do gato com olho remelento e inchado
Todo mundo que tem um pet de estimação sabe que assim como nós, ele também acorda com um pouco de […]
Continuar lendoGato com tosse tipo engasgo: entenda o que pode estar acontecendo
Os felinos costumam ser resistentes e não demonstrar quando estão doentes ou com algo incomodando. Por isso mesmo, ver o […]
Continuar lendo
Deixe um comentário