Uma característica comum dos seres humanos é a categorização de seus tipos sanguíneos, que são subdivididos nos grupos A, B, AB e O. E o mesmo acontece com nossos amigos de quatro patas? Saiba que sim, seu cachorro tem tipo sanguíneo!
Contudo, a tipagem sanguínea de cães é um pouco diferente da nossa. A seguir, você confere todas as informações sobre esse assunto. Acompanhe!
Os tipos sanguíneos são determinados pela presença, na superfície das hemácias, de moléculas chamadas de antígenos, que são capazes de provocar uma reação do sistema imune.
Assim como os humanos, os cães têm muitas moléculas na superfície das hemácias. São as chamadas DEA (sigla para dog erythrocyte antigen), ou antígeno eritrocitário canino, que é equivalente à tipagem sanguínea.
Essas moléculas são enumeradas de acordo com o principal antígeno identificado, ou seja, aquele que é capaz de causar a reação imune mais forte. Clinicamente, o mais importante é o DEA 1, exatamente porque é ele que provoca reações mais graves.
Com isso, podemos citar um exemplo: se um cão que não tem o DEA 1 nas hemácias receber um sangue que tem DEA 1, o sistema imunológico dele vai provocar uma aglutinação generalizada e destruir todas as hemácias doadas. Essa morte em massa de células causa uma enorme resposta inflamatória, com complicações que podem levar à morte do animal.
Cerca de metade da população de cães têm tipo sanguíneo DEA 1 positivo e metade, DEA 1 negativo. A boa notícia é que raramente os cães negativos têm anticorpos naturais — já prontos — contra o DEA 1.
Ou seja, eles só formam a resposta quando recebem a primeira transfusão de um sangue que tenha essas moléculas, contudo, nesse processo, não há tempo suficiente para que os anticorpos combatam as células doadas.
Já se o pet que não tem DEA 1 nas hemácias recebe uma segunda transfusão com um sangue incompatível, aí, sim, os anticorpos previamente formados atacam as células em poucas horas — uma vez que a resposta já estava pronta.
Muitos veterinários consideram relativamente seguro fazer a primeira transfusão em um cão sem teste, já que as reações são raras. O problema é que o histórico do animal pode ser impreciso. Nesse caso, a avaliação é fundamental!
Além disso, como o tipo sanguíneo não está tão facilmente disponível nos laboratórios veterinários, o ideal é que se faça pelo menos um teste de compatibilidade.
Ele consiste em colocar em contato amostras de sangue do doador e do receptor para ver se elas se aglutinam. Se isso acontecer, significa que já há anticorpos contra o DEA 1 e que a transfusão não deve ser feita.
De todo modo, vale destacar que o teste de compatibilidade do tipo sanguíneo de cachorro não evita todas as reações. O processo apenas afasta o risco da resposta imune mais grave, na qual há a destruição quase imediata das hemácias, colocando em risco a vida do paciente.
No total, de 3% a 15% das transfusões causam algum tipo de reação, conforme o nível de cuidado tomado. Essas reações vão desde simples quadros de urticária até redução do tempo de vida das hemácias.
Além disso, tremores, febre, vômito, salivação, aumento da frequência cardíaca e respiratória e convulsões podem acontecer. Situações mais extremas de reações adversas podem, inclusive, levar o paciente a óbito.
Por isso, saber ao certo qual o tipo sanguíneo do cachorro é tão importante, pois reduz as reações transfusionais.
Pronto, agora você já sabe que seu cachorro tem tipo sanguíneo e a importância dessa tipagem em situações com a transfusão de sangue. Para saber mais sobre cuidados com a saúde e o bem-estar do seu pet, não deixe de conferir mais conteúdos do blog Seres. Acompanhe nossas publicações!
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