Cachorro com depressão: como saber se o pet precisa de ajuda

É possível identificar o cachorro com depressão? Muita gente ainda não acredita, mas há estudos que comprovam que os animais também ficam abalados emocionalmente. Isso inclui quadros de ansiedade e de depressão. Será que o seu pet está passando por isso?

Causas do cachorro com depressão

A depressão em cachorro pode ser considerada uma doença silenciosa e que nem sempre é identificada pelo tutor rapidamente. É preciso ter muito carinho e dar atenção às ações do pet para notar que algo não está bem.

Para tentar entender melhor a depressão canina e o comportamento dos pets brasileiros foi realizada uma pesquisa, cujo resultado foi divulgado na Scientific Reports. Alguns fatos curiosos foram identificados pelos pesquisadores.

Um deles é que cachorros que têm uma mulher como tutora são mais medrosos. O mesmo vale para animais castrados e que vivem sozinhos, ou seja, sem a presença de outro cachorro em casa.

Outro ponto que foi destacado no estudo realizado com animais brasileiros diz respeito ao perfil dos pets que têm maior possibilidade de desenvolverem um quadro depressivo. Os resultados indicam que, quando idoso, o animal tem mais chance de ter depressão.

Essa maior chance de encontrar sintomas de depressão em cachorro idoso pode ser justificada pelo fato desses animais terem menos energia. Assim, se não forem estimulados, podem ficar deprimidos.

Contudo, quando o peludo vive dentro de casa, a tendência é que ele tenha mais energia, ou seja, menor a chance de ter um cachorro com depressão. Além disso, quando comparados aos cães com raça específica, os animais sem raça definida são considerados mais entusiasmados e têm mais energia.

Outros fatores

Embora o estudo tenha destacado que a idade pode ser relevante na descoberta do cachorro com depressão, esse não é o único fator. Muitas vezes, a mudança de rotina afeta os animais de forma tão intensa que faz o cachorro ter depressão. Entre as causas estão:

• Ausência de alguém com quem o animal possa interagir, devido à morte ou à viagem;
• Adoção de um novo animal de estimação;
• Chegada de um novo membro humano à família, como um bebê (a rotina do animal tende a mudar);
• Mudança de casa, principalmente se for de uma maior para uma menor e se o cachorro tiver o espaço dele reduzido;
• Mudança na rotina geral, que envolva a do animal, como, por exemplo, quando o tutor passa a ficar mais tempo ausente do que o normal.

Sinais de depressão em cães

Assim como acontece com as pessoas, o cachorro com depressão apresenta mudanças no comportamento e no humor. Entre os possíveis sinais de depressão em cães há:

• O animal se nega a comer;
• Fica no canto, desanimado;
• Recusa brincadeiras;
• Só quer ficar deitado,
• Recusa até carinho.

Todos esses sinais podem indicar tanto depressão como outras doenças. Por isso, caso note essas alterações no seu peludo, é preciso levá-lo ao médico-veterinário para ser examinado.

Tratamento

Para saber se é um caso de cachorro com depressão, o médico-veterinário terá que examiná-lo. Além disso, o profissional poderá pedir exames complementares, como hemograma, por exemplo, para descartar as doenças que possam resultar em sinais clínicos semelhantes aos da depressão em cães.

Uma vez diagnosticada a doença, o tratamento pode variar de acordo com a origem do problema e pode envolver as seguintes medidas:

• Aumentar o tempo de brincadeira e de interação entre o tutor e o peludo;
• Realizar passeios diários;
• Permitir que o animal tenha acesso a um espaço maior em casa;
• Oferecer novos brinquedos;
• Usar hormônio sintético no ambiente para deixar o peludo mais confortável,
• Tratar com medicamentos, quando o caso for mais grave.

Além dessas alternativas, o uso de aromaterapia também pode ser indicado em alguns casos. Você a conhece? Saiba como e quando ela pode ser indicada!